Com vetos da Rússia e da China nesta sexta-feira (22), o Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU) não aprovou a resolução dos Estados Unidos pedindo um “cessar-fogo imediato” na Faixa de Gaza.
A proposta dos EUA, uma mudança de posição de Washington na guerra entre Israel e Hamas, previa o cessar-fogo imediato na guerra além da libertação de reféns. Uma reunião a portas fechadas na quinta (21) decidiu pela votação na sexta.
Na votação desta sexta, apenas Rússia, China e Argélia votaram contra a proposta. No entanto, Rússia e China são um dos cinco membros permanentes do Conselho de Segurança, que têm poder de veto. Por isso, basta um único voto de qualquer desses membros para barrar qualquer votação.
Outros 11 países votaram a favor da proposta. E apenas a Guiana se absteve.
Ao justificar seu voto, o embaixador da Rússia na ONU, Vassily Nebenzia, acusou os EUA de falsas promessas e de só reconhecer a necessidade de um cessar-fogo “quando mais de 30 mil habitantes de Gaza já morreram”.
“Vocês só querem vender um produto aos seus eleitores”, disse Nebenzia.
A resolução consolidava uma mudança de orientação de Washington na guerra entre Israel e o Hamas. Os EUA, um dos cinco países que têm poder de veto no Conselho de Segurança da ONU, vinham barrando propostas de cessar-fogo. A resolução apresentada pelos EUA pedia “um cessar-fogo imediato e sustentado”.