Quinta-feira, 26 de dezembro de 2024
Por Redação O Sul | 31 de janeiro de 2024
Os governos da Rússia e da Ucrânia informaram, nesta quarta-feira (31), que concluíram uma troca de prisioneiros. O Ministério da Defesa russo afirmou que cada lado recebeu 195 soldados de volta e que seus soldados seriam levados a Moscou para receber tratamento médico e psicológico.
A troca ocorre uma semana após um avião de transporte militar russo cair com, de acordo com o governo do país, 65 soldados ucranianos a bordo que estariam sendo levados para uma troca como a desta quarta.
De acordo com a agência de notícias estatal RIA, os Emirados Árabes Unidos participaram da intermediação do acordo para a troca de prisioneiros.
“Em 31 de janeiro, como resultado do processo de negociação, 195 militares russos que estavam em perigo de vida no cativeiro foram devolvidos do território controlado pelo regime de Kiev. Em troca, exatamente 195 prisioneiros das Forças Armadas da Ucrânia foram entregues”, informou o Ministério da Defesa em um comunicado.
Os dois países têm realizado trocas periódicas de prisioneiros por meio de intermediários desde o início da guerra, há quase dois anos.
Reação da Ucrânia
O presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, escreveu em sua conta oficial no X (Twitter) que essa foi uma das maiores trocas até agora. Ele deu um número um pouco maior de ucranianos devolvidos.
“Nosso povo está de volta, e 207 deles. Nós os devolvemos para casa”, afirmou Zelenskiy.
O órgão governamental ucraniano encarregado dos prisioneiros de guerra disse que essa foi a 50ª troca de prisioneiros do gênero e que os soldados envolvidos na defesa das cidades de Mariupol e Kherson, bem como os soldados capturados pela Rússia na Ilha Snake, no Mar Negro, voltaram para casa.
A agência informou ainda que fuzileiros navais e médicos de combate estavam entre os devolvidos e disse que 36 dos ucranianos devolvidos tinham ferimentos ou doenças graves.
Queda de avião
No dia 24, um avião militar russo com 74 pessoas, entre eles 65 prisioneiros ucranianos, caiu em Belgorod, cidade russa perto da fronteira com a Ucrânia. O Ministério da Defesa russo acusou a Ucrânia de ter derrubado a aeronave e chamou a queda de um “ato de barbárie e terrorismo”. A agência de notícias RIA, citando a pasta da Defesa, disse que radares da Rússia detectaram o lançamento de dois mísseis ucranianos.
Sem confirmar nem negar autoria na queda do avião, o Serviço de Inteligência das Forças Armadas da Ucrânia afirmou ainda não ter informações “confiáveis” sobre quem estava dentro do avião. O governo ucraniano tem adotado como praxe não confirmar nem negar ataques em território russo cuja autoria é atribuída à Ucrânia.