Quarta-feira, 05 de fevereiro de 2025
Por Redação O Sul | 19 de outubro de 2022
A Ucrânia alega que os soldados russos estão sem recursos para lutar na região
Foto: Governo da Ucrânia/DivulgaçãoA Rússia anunciou nesta quarta-feira (19) que começou a expulsar cerca de 60 mil moradores de Kherson, uma das maiores cidades da Ucrânia ocupadas por tropas de Moscou.
O governo russo disse querer retirar todos os civis para que as suas tropas lutem contra as forças ucranianas, que avançam na retomada da cidade, localizada no Sul do país.
Uma das quatro cidades anexadas ilegalmente pela Rússia após um referendo de separação não reconhecido pela comunidade internacional, Kherson está ocupada por tropas russas desde o início da guerra na Ucrânia, em 24 de fevereiro.
Nas últimas semanas, no entanto, a Ucrânia lançou uma forte ofensiva para recuperar a cidade, com apoio logístico e militar de países do Ocidente.
O chefe da administração da ocupação russa em Kherson, Vladimir Saldo, disse que “lutará até o último momento” pelo controle da cidade. “As forças ucranianas estão escalando a ofensiva, e por isso não há lugar para civis. Não planejamos nos render, vamos nos manter firmes até o último momento. Vamos retirar entre 50 mil e 60 mil pessoas para a margem esquerda do rio Dnieper”, declarou.
Segundo Saldo, a expulsão dos civis ocorrerá de forma gradual. Ele disse que as suas tropas pretendem retirar cerca de 10 mil moradores por dia ao longo de seis dias. Ele alegou que se trata de uma medida de segurança para os civis e disse as que suas tropas na região têm recursos para manter o controle de Kherson.
Já o governo ucraniano alegou que a Rússia faz um “show de propaganda” em Kherson para tentar demonstrar que as suas tropas ainda resistem. Kiev alega que os soldados russos estão sem recursos para lutar na região.