Ícone do site Jornal O Sul

Rússia lançou “mais de 160 mísseis”, diz alto funcionário de defesa dos Estados Unidos

De acordo com autoridades ucranianas, dezenas de mortes foram confirmadas nos exércitos dos dois países. (Foto: Ministério do Interior da Ucrânia/Divulgação)

A Rússia lançou “mais de 160 mísseis para ataques aéreos no total” contra o território ucraniano, disse um alto funcionário da defesa dos Estados Unidos a repórteres nesta quinta-feira (24).

A maioria dos mísseis são “balísticos de curto alcance”, mas o total de ataques aéreos inclui uma “mistura de mísseis de médio alcance e de cruzeiro”, disse o oficial.

No momento, ele afirmou que os EUA não estão vendo “uma ofensiva mais extensa ou mais para o Ocidente”.

Entenda o conflito

Após meses de escalada militar e intemperança na fronteira com a Ucrânia, a Rússia atacou o país do Leste Europeu. No amanhecer desta quinta-feira (24), as forças russas começaram a bombardear diversas regiões do país.

Horas mais cedo, o presidente russo, Vladimir Putin, autorizou uma “operação militar especial” na região de Donbas (ao Leste da Ucrânia, onde estão as regiões separatistas de Luhansk e Donetsk, as quais ele reconheceu independência).

O que se viu nas horas a seguir, porém, foi um ataque a quase todo o território ucraniano, com explosões em várias cidades, incluindo a capital Kiev.

De acordo com autoridades ucranianas, dezenas de mortes foram confirmadas nos exércitos dos dois países.

Em seu pronunciamento antes do ataque, Putin justificou a ação ao afirmar que a Rússia não poderia “tolerar ameaças da Ucrânia”. Putin recomendou aos soldados ucranianos que “larguem suas armas e voltem para casa”. O líder russo afirmou ainda que não aceitará nenhum tipo de interferência estrangeira.

Esse ataque ao ex-vizinho soviético ameaça desestabilizar a Europa e envolver os Estados Unidos.

A Rússia vem reforçando seu controle militar em torno da Ucrânia desde o ano passado, acumulando dezenas de milhares de tropas, equipamentos e artilharia nas portas do país.

Nas últimas semanas, os esforços diplomáticos para acalmar as tensões não tiveram êxito.

A escalada no conflito de anos entre a Rússia e a Ucrânia desencadeou a maior crise de segurança no continente desde a Guerra Fria, levantando o espectro de um confronto perigoso entre as potências ocidentais e Moscou.

Sair da versão mobile