O Ministério da Defesa da Rússia afirmou, nesta quarta-feira (16), que os mísseis russos disparados no dia anterior contra o território ucraniano chegaram a até 35 quilômetros de distância da fronteira da Ucrânia com a Polônia.
Dessa forma, Moscou voltou a negar que algum de seus artefatos tenha ultrapassado o limite entre os dois países e alcançado o território polonês. A possibilidade foi levantada na terça (15) após o Ministério das Relações Exteriores da Polônia afirmar que um míssil caiu em um armazém de grãos no vilarejo de Przewodów, a cerca de 6 quilômetros da fronteira com a Ucrânia, matando duas pessoas.
A Polônia é membro da Otan (Organização do Tratado do Atlântico Norte), que prevê, em seu estatuto, a defesa de todos os integrantes da aliança militar em caso de ataque de outro país.
Em nota, o Ministério da Defesa russo culpou a Ucrânia pelo lançamento. “As fotos publicadas na noite de 15 de novembro na Polônia dos destroços encontrados na vila de Przewodów são inequivocamente identificadas por especialistas da indústria de defesa russa como elementos de um míssil guiado antiaéreo do sistema de defesa aérea S-300 ucraniano,” afirmou a pasta.
Também nesta quarta, o porta-voz do Kremlin, Dmitri Peskov, disse que o episódio mostrou uma “russofobia histérica” por parte de países do Ocidente.
Estados Unidos
Os Estados Unidos consideram que o míssil que caiu na Polônia pode ter sido um erro de trajetória de um sistema antimísseis da Ucrânia. A versão ganhou força nesta quarta-feira e ajudou a diminuir a tensão criada entre a Rússia e países ocidentais após o episódio.
“Existe uma informação preliminar que contesta isso [a versão de que o míssil partiu da Rússia]. Eu não quero afirmar isso antes de a investigação ser concluída, mas pela trajetória do míssil é pouco provável que ele tenha sido disparado da Rússia”, declarou o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden.
Polônia
O presidente da Polônia, Andrzej Duda, afirmou nesta quarta-feira que o míssil disparado contra o país na terça provavelmente saiu da Ucrânia. Duda também declarou não haver provas de que o ataque tenha sido intencional.