Quarta-feira, 12 de março de 2025
Por Redação O Sul | 20 de maio de 2023
A medida é uma resposta às sanções impostas pelos Estados Unidos. (Foto: Divulgação/@KremlinRussia_E)
Foto: Divulgação/@KremlinRussia_EA Rússia proibiu a entrada a seu território para 500 americanos, incluindo o ex-presidente Barack Obama, os apresentadores de televisão Stephen Colbert e Jimmy Kimmel, e a âncora do noticiário da CNN Erin Burnett, entre outros.
A medida foi anunciada pelo Ministério de Relações Exteriores do país e é uma resposta às sanções impostas pelos Estados Unidos.
Esta negativa foi provocada pela recusa da Casa Branca de conceder vistos aos jornalistas que deveriam acompanhar o chanceler russo, Sergei Lavrov, a uma cúpula da Organização das Nações Unidas (ONU), em Nova York, no mês de abril.
“Já é hora de Washington aprender que nenhum ataque hostil à Rússia ficará impune. O princípio da inevitabilidade da punição será aplicado de forma consistente, quer se trate de pressões sancionatórias mais duras, quer de medidas discriminatórias para dificultar a atividade profissional dos nossos concidadãos”, diz trecho de comunicado do ministério russo.
A Rússia informou que incluiu em sua lista senadores, congressistas e membros de “think tanks” (centros de estudos) “envolvidos na propagação de atitudes russófobas e falsidades”, além dos diretores de empresas que fornecem armas à Ucrânia.
Na sexta-feira (19) os Estados Unidos acrescentaram centenas de empresas e indivíduos à sua lista de sanções, intensificando seus esforços para asfixiar a economia russa, em represália à ofensiva na guerra contra a Ucrânia.
A ONG de defesa do meio ambiente Greenpeace, uma das banidas, qualificou como absurda a decisão da Rússia de classificar sua organização como “indesejável” em seu território.
No mesmo comunicado, a Rússia acrescentou ter recusado um novo pedido de visita consular ao jornalista americano Evan Gershkovich, detido em março e acusado de espionagem. Segundo o Serviço Federal de Segurança da Rússia , o jornalista, que trabalhava no escritório de Moscou para um jornal norte-americano, foi pego “atuando como agente do lado americano” na cidade de Yekaterinburg. E teria coletado “dados ultrassecretos sobre a atividade de uma empresa do complexo militar industrial russo”.
À época, o vice-ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergey Ryabkov, disse nem considerar que a detenção do jornalista possa servir como a possibilidade de uma troca de prisioneiros com Washington no momento. “Vamos ver como essa história se desenvolve mais adiante”, disse o diplomata.