Quinta-feira, 28 de novembro de 2024
Por Redação O Sul | 3 de agosto de 2020
A Rússia é o quarto país no mundo mais afetado pela pandemia, atrás de Estados Unidos, Brasil e Índia
Foto: ReproduçãoA Rússia anunciou, nesta segunda-feira (03), que em breve terá capacidade para produzir centenas de milhares de doses da vacina contra o novo coronavírus todos os meses e que elevará sua produção para “vários milhões” a partir do início do próximo ano.
“De acordo com as primeiras estimativas, poderemos fornecer várias centenas de milhares de doses da vacina a cada mês a partir deste ano e depois vários milhões a partir do início do ano que vem”, disse o ministro do Comércio da Rússia, Denis Maturov.
Maturov explicou que três empresas biomédicas iniciarão em setembro a produção industrial da vacina desenvolvida pelo laboratório de pesquisa em epidemiologia e microbiologia Nikolai Gamaleia.
Assim como muitos outros países, a Rússia trabalha há meses em vários projetos de vacinas para a Covid-19. Por enquanto, foi dada prioridade ao laboratório Gamaleia, desenvolvido em colaboração com o Ministério da Defesa. Os detalhes ainda não foram publicados, o que impede de certificar sua eficácia.
O centro público de pesquisa Vektor, na Sibéria, está trabalhando em outra vacina, cujas primeiras doses devem estar prontas a partir de outubro, segundo as autoridades.
A Rússia é o quarto país no mundo mais afetado pela pandemia, atrás de Estados Unidos, Brasil e Índia. Desde abril, manifesta sua disposição de ser um dos primeiros países, ou mesmo o primeiro, a desenvolver a vacina.
Pesquisadores internacionais alertaram, porém, para o rápido desenvolvimento de vacinas na Rússia e consideraram que vários processos científicos não foram respeitados para acelerar o trabalho realizado sob pressão de Moscou.