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Economia Sabor amargo: depois da alta do café, agora o açúcar deve ficar mais caro; veja por quê

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Os preços mundiais do açúcar precisam se manter acima de US$ 530 por tonelada (R$ 3.028) para incentivar as exportações. (Foto: Reprodução)

Espera-se que o mercado de açúcar fique mais apertado, uma vez que a produção decepcionante da Índia, o segundo maior produtor mundial, ameaça os preços mais altos para fornecimentos imediatos. A produção do país na temporada atual pode cair para 26 milhões de toneladas, após doenças terem afetado a colheita de cana na sua principal região produtora, Uttar Pradesh, de acordo com Ravi Gupta, diretor executivo da grande produtora Shree Renuka Sugars, que falou durante a Dubai Sugar Conference na semana passada.

Isso é cerca de 1 milhão de toneladas a menos do que as estimativas da maioria da indústria levantadas no evento.

Também os preços do café robusta iniciaram 2025 da mesma forma que terminaram 2024, com preços em alta e patamares recordes. O principal fator da valorização da commodity está ligado a dificuldades na produção cafeicultora do Vietnã, o segundo maior produtor do mundo, atrás do Brasil.

Uma seca severa assola o país asiático. No Brasil, o preço ao consumidor do café no varejo brasileiro já sobe mais que a inflação.

Embora se espere que a produção de açúcar se recupere na próxima temporada, a partir de outubro, levando o mundo a um superávit, os fornecimentos podem continuar apertados no curto prazo, já que a produção em outro grande produtor, a Tailândia, também está prevista para ser menor nesta temporada. Isso ajudou a impulsionar os futuros do açúcar branco a mais de 8% até agora neste mês.

Desequilíbrio

“Vejo uma forte demanda por açúcar branco e menor oferta da UE e da Tailândia,” disse Gupta. “Estamos vendo a possibilidade de uma colheita muito baixa no Paquistão, que parece precisar de açúcar branco para atender à demanda.”

A oferta restrita de açúcar refinado aumentará o prêmio do açúcar branco sobre o açúcar bruto, após um período de preços baixos, acrescentou ele.

Em janeiro, o governo indiano permitiu que os moinhos enviassem até 1 milhão de toneladas nesta temporada, flexibilizando as restrições que limitaram as vendas para o exterior por mais de um ano. No entanto, o ritmo das exportações tem sido lento, já que os usineiros antecipam preços mais altos no mercado internacional.

Mudanças climáticas

Os preços mundiais do açúcar precisam se manter acima de US$ 530 por tonelada (R$ 3.028) para incentivar as exportações, disse Gupta. “Para que as exportações de 1 milhão de toneladas aconteçam, o mercado mundial precisa subir para precificar o açúcar indiano.””

Nessa segunda-feira (17), os preços do açúcar branco subiram 1,5%, para US$ 545,40 a tonelada em Londres. Os mercados de Nova York fecharam devido ao feriado público nos EUA. Os futuros do café robusta subiram 0,3%. As informações são do portal O Globo.

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