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Variedades Sabrina Sato celebra na ativa 20 anos de carnaval

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Com carisma, muito samba no pé e looks icônicos, Sabrina Sato completa 20 anos de avenida. (Foto: Reprodução)

Duas décadas atrás, no dia 21 de fevereiro de 2004, poucos minutos antes das quatro horas da manhã, a escola de samba paulistana Gaviões da Fiel entrava no Sambódromo do Anhembi com o enredo Ideias e Paixões: Combustível das Revoluções em busca do seu terceiro título consecutivo. Para garantir esse resultado, a agremiação investiu: carros alegóricos colossais que mal cabiam na avenida, fantasias elaboradas e um samba-enredo que levantou o público da arquibancada aos camarotes.

Na transmissão da Rede Globo, a jornalista Renata Ceribelli anunciava outra aposta da escola: “Temos aí Sabrina Sato, ex-Big Brother, estreando no Carnaval paulista como destaque do carro abre-alas”. Mas, mesmo com o Anhembi lotado naquela madrugada de sábado que abria o Carnaval de São Paulo, Sabrina garante que ninguém viu o seu debute. “O carro era muito alto e a minha fantasia era inteira coberta, só deixava o meu rosto de fora”, conta. De favorita da noite, a Gaviões acabou rebaixada após 13 anos no Grupo Especial por um problema técnico no último carro. Se alguém chamou Sabrina Sato de pé-frio naquele dia, hoje, 20 anos depois, ela é considerada um dos maiores amuletos do Carnaval brasileiro.

Rainha de bateria de duas prestigiadas escolas de samba, a Unidos de Vila Isabel, no Rio de Janeiro, na qual estreou em 2011, e a Gaviões da Fiel, em São Paulo, nunca mais passou despercebida na avenida. Pelo contrário, é aguardada e ovacionada da Sapucaí ao Anhembi. Sabrina transcendeu seus deveres carnavalescos e virou sinônimo da festa nacional, sendo uma das celebridades mais requisitadas do período, tanto para presença em eventos, bailes, blocos e camarotes, como em publicidades relacionadas ao tema.

“Essa noção dela de que tudo é efeméride, todo evento é um acontecimento, seja no ensaio na Vila Isabel, seja na gravação da vinheta de fim de ano da Globo, faz a presença dela ser sempre um show à parte, independente de onde esteja. Não só pelo seu carisma acachapante que é único, mas pelos looks e maquiagens sempre impecáveis e inéditos. Uma performance por inteiro. Em um termo atual, ela entrega, sempre entrega”, garante o carnavalesco Milton Cunha.

Apaixonada pela folia desde a infância, quando ia nos bloquinhos e bailes dos clubes de Penápolis, cidade no interior de São Paulo onde nasceu e morou até os 16 anos, ela sempre comemorou o seu aniversário, no dia 4 de fevereiro, com a temática de Carnaval. Já soprou velinhas de palhaça, bailarina, pirata, Mulher-Maravilha. “A minha mãe, costureira, produzia as peças para Sabrina e a minha irmã ajudava com as maquiagens. O comprometimento era tão grande que, uma vez, ela estava internada com pneumonia e me convenceu a falar com o médico para liberar a saída dela do hospital por algumas horas para poder pular Carnaval”, lembra a matriarca da família, Kika Sato.

Mas a folia de Penápolis não era suficiente. Muito antes das redes sociais, a apresentadora recorria à televisão para acompanhar as transmissões dos desfiles, gostava de decorar os sambas-enredo, além de admirar a opulência das fantasias, o clima de escapismo e o samba no pé de Monique Evans, Luma de Oliveira, Pinah e Eloína dos Leopardos. “Sonhava quieta. Antes de desfilar pela primeira vez, nunca imaginei que uma menina do interior como eu, caipira e com descendência japonesa e libanesa, pudesse fazer parte da festa. A verdade é que eu tinha tudo para não ser do Carnaval”, diz Sabrina.

Para quem acha que foi a participação no Big Brother Brasil, em 2003, que abriu as portas das avenidas para ela, se engana. Já contratada no programa Pânico na TV, que estreou em setembro de 2003 na RedeTV!, Sabrina precisou “paquerar” a Gaviões da Fiel. Foi religiosamente aos ensaios da quadra e em outros eventos da agremiação para assegurar sua participação no desfile de 2004. “Minha família e eu não tínhamos ideia de como tudo funcionava e de quão trabalhoso era, desbravamos juntos esse universo, errando e aprendendo, entendendo como navegar no território do samba, sempre pedindo licença e se surpreendendo dia a dia com o esforço das comunidades para colocar tudo de pé”, recorda.

Ainda em 2004, galgou uma posição na carioca Acadêmicos do Salgueiro com a fórmula do flerte: aparecia na quadra, ia nos ensaios, mostrava interesse, até que entrou na Sapucaí em 2005 como musa da escola, onde ficou por seis anos. Tanto em São Paulo quanto no Rio, suas fantasias, que ela sempre fez questão de pagar do próprio bolso, paravam a avenida, surpreendiam, saíam do lugar-comum e viravam assunto.

Apaixonada por moda, independentemente do stylist e estilista com quem trabalhasse, sempre se envolveu muito no processo de desenvolvimento, trazendo referências, pesquisando novidades, se atentando aos detalhes para que sua uma hora na avenida fizesse jus ao show. “Nas provas, gosto de checar alguns fatores importantes. O peso da fantasia, a harmonia, as cores, a minha mobilidade usando a peça com o costeiro e, claro, se a virilha está cavada o bastante”, brinca.

Foi seu compromisso, paixão e respeito por tudo o que engloba essa festa nacional que serviram como alicerces para Sabrina deixar o posto de forasteira e se tornar uma figura admitida e amada pelos sambistas. “Nenhuma celebridade é maior que a escola de samba, ainda mais as que não têm história ou memória com esse universo. Se a pessoa não compreende que a estrutura de poder dentro das agremiações são os laços de afeto estabelecidos na quadra, nos ensaios e na comunidade, ela dura um ano, no máximo dois ali dentro”, explica Milton Cunha.

“E Sabrina não precisa fazer esforço para agradar, ela é muito humana, autêntica, olha nos olhos, sabe o nome de todo mundo e não aparece na comunidade só quando começam os compromissos relacionados ao Carnaval. Ela vai no Dia das Crianças, pega jatinho para comer feijoada com a velha-guarda, participa das ações sociais… Ela nem precisava de uma coroa para se consagrar rainha, é o anseio da sua presença pela comunidade que a confirma como realeza do Carnaval.”

A coroa, aliás, veio em 2011. Mesmo com convites de outras agremiações, escolheu ocupar o posto de rainha de bateria da Unidos de Vila Isabel – cargo que assumiu na Gaviões da Fiel só em 2019, três meses depois do nascimento de sua filha, Zoe, de 5 anos.

Para sua grande estreia no papel de soberana, decidiu buscar o estilista da realeza: Henrique Filho, com quem trabalha até hoje. A produção minuciosa, artesanal e a pesquisa de materiais criteriosa fizeram com que o nome dele virasse uma grife nesse universo, com clientes dispostas a pagar R$ 300 mil, valores equiparados a looks de alta-costura de maisons francesas, por uma única peça.

 

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