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Colunistas Safety in the work (2) Proteção respiratória

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Em algum momento da história da humanidade, alguém se deu conta de que respirar não só era uma necessidade urgente e constante. (Foto: Reprodução)

Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul. O Jornal O Sul adota os princípios editorias de pluralismo, apartidarismo, jornalismo crítico e independência.

Capítulo 1: Histórico

Em algum momento da história da humanidade, alguém se deu conta de que respirar não só era uma necessidade urgente e constante, mas que fatores ambientais podiam interferir na qualidade da respiração, na eficiência do desempenho do trabalho e no estado de saúde e mesmo de vida de cada indivíduo.

No viver de cada dia, de fato, nós nos damos conta de que somos capazes de ficar até incríveis 30 dias sem comer, que podemos ficar uns 4 dias sem beber água, mas dificilmente podemos ficar mais de 3 minutos sem respirar. Para qualquer ser vivo vale esse conceito proporcional a cada espécie. Curiosamente também nos damos conta que isso acontece com os elementos mecânicos que a inteligência humana criou: motores, maquinas, etc. Veja um automóvel: ele tem reserva que o ‘alimenta’, ele tem reserva de água que o ‘hidrata’, mas não tem reserva de ar. E esse ar, mesmo para um motor, tem que ser limpo. Tanto é que o “filtro de ar” é componente indispensável. Assim como, limpo deve ser o ar que respiramos. Se respiramos na beira do mar, dentro de uma floresta, no campo aberto, dentro de casa ou no trabalho, independentemente do tipo de empresa e do que ela faz ou produz, o ar tem que ser limpo, e TEM QUE ser não quer dizer PODE ser, ou CONVÉM que seja. TEM QUE SER. …e não tem discussão, pois ou mata “à vista” por envenenamento radical ou “em prestações” que vai minando o Sistema Respiratório ou o Organismo. Por quê um mineiro de carvão tem aposentadoria com 15 anos de serviço?

De registro histórico o que se tem, de longa data, é conhecido o fato dos efeitos na extração e obtenção das Minas de Enxofre (SO2), material químico de larga aplicação na antiguidade. A mineração era feita por mão escrava. Naquele tempo, escravos eram os povos que outros povos venciam em guerra. Os vencidos eram escravizados. Então, ter um escravo era muito caro. Dependia de ter um Exército, de ir à guerra, de morrerem muitos e de leva-los para suas terras e alimentá-los. Então tinham que ser cuidados para durarem o maior tempo possível como mão de obra ativa e produtiva.

Não demorou e observaram que muitos escravos nas minas de enxofre morriam cedo com enormes buracos no nariz onde toda a cartilagem desaparecia e ficava uma horrível, doída, purulenta ‘toca’ em carne viva que se alastrava dentro do nariz e garganta, pois toda essa região de nosso organismo é úmida (H2O) que misturada com o CO2 do Enxofre reagia combinando e formando H2SO4 que é o altamente corrosivo Ácido Sulfúrico. E assim, em pouco tempo o escravo morria, como, rapidamente iam adoecendo com a destruição dos alvéolos pulmonares, aspirando e depositando nos pulmões poeira de carvão, de pedra e de chumbo gerando doenças como silicose, pneumoconiose, ou envenenamentos fatais. Não demorou e alguém imaginou que botando um ‘paninho’ em cima do nariz e prendendo-o com um fio amarrado na nuca, o pó do enxofre e outras poeiras, se depositariam em cima do ‘paninho’ e diminuiria consideravelmente a quantidade de pó ingerida. Deu certo. Depois do “paninho” evoluiu para um pedacinho de couro. E assim prolongaram por mais tempo a vida útil dos escravos mineiros.

Paulatinamente os cuidados foram evoluindo e as ideias se desenvolvendo e novas medidas foram sendo tentadas e aplicadas em todas as formas da atividade humana.

Na sexta que vem (4/10), ainda dentro deste Capítulo 1 (2ª Parte) – vamos comentar a evolução na Idade Média, na Revolução Industrial, o Século XIX e início do Século XX e, finalmente, o enorme salto evolutivo na 1ª Guerra Mundial e conhecer o “Hopcalite”. O que houve na guerra que mudou tudo? Conhecer só o lado técnico material do assunto, é pouco e limita a nossa cultura. É importante a gente saber e conhecer, mesmo que primariamente, como os fatos aconteceram e conhecer o passado para avaliar o presente e o futuro.

Luiz Carlos Sanfelice

  • lcsanfelice@gmail.com

Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul.
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