Sexta-feira, 21 de fevereiro de 2025

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Luiz Carlos Sanfelice Safety in the work (23): PPR – Máscaras autônomas

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Capítulo XIII – Continuação… 12

MÁSCARAS AUTÔNOMAS, também chamadas de Máscaras Autocontidas, asseguram proteção respiratória completa contra gases e em locais onde não tem oxigênio ou este é deficiente. O usuário trabalha independente da atmosfera circundante já que está respirando através de um sistema que não admite o ar externo. O ar respirável fornecido pelo equipamento tem a qualidade e as características necessárias para assegurar um respirar seguro.

Como vimos na edição 22, as Máscaras Autônomas se dividem em três classes básicas: As de Pressão de Demanda; as Re-respiratórias e as Auro Regeneradoras. Esses modelos são para uso exclusivo em locais cercados por ar, puro ou não, mas não podem ser usados sob a água. Para usar sob a água, em mergulho a trabalho ou esportivo, devem ser com desenho da peça facial e válvulas, bem específicas, universalmente conhecidas como SCUBA (Self-Contained Underwater Breathing Apparatus) ou Máscara Respiratória Autocontida para Mergulho. E somente esses modelos devem ser usados sob a água, nunca os modelos para ar contaminado, ausência de oxigênio ou de combate ao fogo.

1.- Máscaras Autônomas de Pressão de Demanda, são equipamentos que podem ser de diferentes tipos e modelos disponíveis para aplicações específicas. Todos tem um cilindro de alta pressão, um regulador de fluxo de demanda conectado ao cilindro diretamente ou a uma mangueira de alta pressão, uma peça facial, uma traqueia, válvulas de inalação e exalação e um conjunto de suspensórios para ajustar o aparato ao corpo do usuário. Ao vestir e ajustar as correias de sustentação e os elásticos de ajuste da peça facial na cabeça, o usuário abre a válvula direta de saída do cilindro, faz a inalação através do regulador de demanda e, em seguida, exala para fora pela válvula de exalação da peça facial. Funcionando assim, ao ritmo da respiração do usuário, o ar contido no cilindro só sai (a válvula de saída só abre) quando o usuário inala. Quando ele exala, a válvula do cilindro fecha, poupando e fazendo ter mais tempo de ar. Contudo, existe um sistema de by-pass que provoca um fornecimento em fluxo constante, caso o usuário sofra um acidente físico ou emocional que lhe exija mais ventilação.

A interrupção do regulador de demanda, significa que o fluxo de ar está de acordo com a necessidade da inalação, regulando automaticamente o nível desejado para compensar as diferentes necessidades respiratórias. Todos os modelos de pressão de demanda são relativamente ineficientes quando a compararmos aos modelos re-respiratórios, já que a exalação é liberada na atmosfera em lugar de ser limpa e reutilizada.

A Máscara Autônoma mais conhecida e, também, a mais usada no Brasil, tanto na Indústria, nos Corpos de Bombeiros, nos Serviços de Busca e Salvamento, é o modelo com cilindro de ar comprimido, projetado para fornecer ar durante 30 minutos. Esse tempo é um tempo médio calculado pelo estudo que se tem, levando em conta a Frequência Respiratória, o Volume Respiratório, o peso e altura do usuário, seu treinamento e a tensão emocional criada pela grandeza do risco a que vai enfrentar e pelo esforço de trabalho que irá realizar. Pode assim, durar mais de 30 minutos ou bem menos desse tempo. Considere-se, também, que o cilindro para conter uma quantidade de ar comprimido para durar 30 minutos, tem que ter uma resistência físico-mecânica superior a pressão exercida pelo ar e, logo, uma estrutura física de material (aço, kevlar, etc) para que não exploda, assim como o tipo de rosca e dos componentes que são acoplados a esse cilindro.

Na saída do Cilindro é firmemente rosqueada uma “torneira” que “abre e fecha” a saída do ar, que ingressa numa mangueira de alta resistência, ligada a um sistema de alarme tipo campainha que dispara quando a quantidade de ar disponível do cilindro atinge um nível que recomenda ao usuário se afastar do local contaminado ou sob risco, e procurar ar livre onde possa respirar sem a máscara.

A mangueira de alta pressão segue até o dispositivo de controle geral, onde é conectada a traqueia flexível que leva até a máscara. Este dispositivo de controle tem como abrir e fechar a passagem do ar e também o de criar um by-pass de fluxo constante, as vezes necessário ou pelo esforço dispendido ou por uma alta emoção repentina do usuário.

Na próxima edição de nº 24, falaremos sobre equipamentos autônomos para 15 ou 5 minutos com características para fuga, para conexão com linha de ar ou de uso a tiracolo e examinaremos as Máscaras Autônomas Re-respiratórias e as Auto geradoras por reação, para uma e até duas horas de uso contínuo.

(Luiz Carlos Sanfelice – lcsanfelice@gmail.com)

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Safety in the work (22): PPR – Máscara de linha de ar com tubo
https://www.osul.com.br/safety-in-the-work-23-ppr-mascaras-autonomas/ Safety in the work (23): PPR – Máscaras autônomas 2025-02-21
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