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Colunistas Safety in the work (7) – Organograma de um PPR

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Para que um Programa de Proteção Respiratória tenha sucesso e seu êxito seja completo, deve consubstanciar 8 elementos básicos. (Foto: Reprodução)

Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul. O Jornal O Sul adota os princípios editorias de pluralismo, apartidarismo, jornalismo crítico e independência.

Capítulo V – Organização de um PPR

Para que um Programa de Proteção Respiratória tenha sucesso e seu êxito seja completo, deve consubstanciar 8 elementos básicos, igualmente importantes e organizados, montados e aplicados na ordem a seguir:

* 1) Administração: Pessoal constitutivo e Responsabilidade Final;

* 2) Conhecimento dos Perigos Respiratórios: Quais são eles e suas variáveis e se permanentes ou eventuais no ambiente.

* 3) Avaliação dos Perigos Respiratórios: Requer conhecimento de todo fato do processo produtivo.

* 4) Controle dos Perigos Respiratórios: Idealmente deveria começar desde a Instalação da empresa, suas máquinas, o caminho das matérias primas, produtos finais e emanações.

* 5) Seleção dos Equipamentos de PR: Saber quais os EPIs necessários para a correta proteção do usuário.

* 6) Treinamento: Treinar e treinar e treinar o usuário e conscientiza-lo do
que ele está sujeito, do que ele produz e de sua saúde.

* 7) Inspeção, Manutenção e Reparos: como assegurar que os EPIs estejam sempre em perfeitas condições de uso e aplicação.

* 8) Supervisão médica: Independentemente da avaliação do grau de risco, fazer exames periódicos de todo Sistema Respiratório em todos sujeitos a eventuais riscos e usuários de proteção respiratória ou facial.

Capítulo VI – Exame analítico de cada um dos elementos

* 1) Administração

Toda implantação de um serviço, de um programa ou de um procedimento, tanto permanente ou temporário, deve, necessariamente ter uma administração central e um responsável final, definido. No caso da implantação de um Programa de Proteção Respiratória na empresa ou num local específico da empresa (plataforma offshore, usinagem, pintura, aciaria, ou no ambiente geral do pavilhão industrial) a responsabilidade e autoridade para administrar um PPR, deverá ser delegada à um responsável que, dependendo do tamanho da empresa e quantidade de funcionários, certamente essa pessoa, deverá ter ajuda e assessoria. Contudo a necessidade de uma autoridade e responsabilidade central recair em alguém, assegurará que tenha coordenação e direção. O tamanho e extensão do Programa poderá variar, enormemente, em função das variadas situações de risco respiratório que pode ter numa determinada empresa e em razão disso o Programa poderá precisar incluir engenheiros, médicos, higienistas industriais, técnicos, enfermeiros e bombeiros treinados ou numa pequena empresa, simplesmente uma pessoa de nível técnico médio com noções de PR, mas de qualquer modo, responsável pelo assunto. Seja como for, contudo, a responsabilidade e autoridade final total, deverá recair NUMA SÓ pessoa (p.ex.: o Gerente de RH, ou Chefe do Dpto. Pessoal, ou aquele a quem for atribuída essa função), se se quiser que o Programa tenha ótimo resultado. E isso – a experiência mostrou – não se discute e não se negocia.

* 2) Conhecimentos dos perigos respiratórios

Cientes de que os matérias tóxicos podem entrar no corpo humano por 3 diferentes caminhos, vamos registrar que são eles:

– 1) Através do Conduto Gastrointestinal;
– 2) Através da Pele;
– 3) Através dos Pulmões.

Dos três caminhos de entrada, o Sistema Respiratório é o mais rápido e direto para chegar aos pulmões e ao organismo, visto que ele está constantemente, 24 horas/dia , hora a hora, aberto e em contato com o ambiente e com o ar, pois não podemos parar de respirar e, assim, com estreita vinculação com o sistema circulatório e a constante necessidade de oxigenar os tecidos celulares, indispensáveis para a manutenção da vida e da saúde. Desse modo, embora pela pele e pelo sistema gastrointestinal possamos estar sujeitos a riscos, o sistema respiratório é o mais vulnerável e, pois, assim os grandes riscos iminentes para a vida e a saúde são 2:

— 1) A deficiência ou ausência de oxigênio no ar;
– 2) O ar estar carregado de contaminantes, gases ou partículas.

Na sexta-feira que vem, 8/11, na sequência deste capítulo sobre o Conhecimento dos Riscos (2ª Parte) vamos examinar, com detalhes a Deficiência de O2 e o Ar Poluído, carregado de contaminantes.

Luiz Carlos Sanfelice – lcsanfelice@gmail.com

Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul.
O Jornal O Sul adota os princípios editorias de pluralismo, apartidarismo, jornalismo crítico e independência.

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