Quinta-feira, 14 de novembro de 2024
Por Luiz Carlos Sanfelice | 14 de novembro de 2024
Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul. O Jornal O Sul adota os princípios editorias de pluralismo, apartidarismo, jornalismo crítico e independência.
Capítulo VII – Partículas Aerodispersóides
Classificação das Partículas de Acordo com Seus Efeitos Biológicos:
O destino das partículas que chegam a parte profunda dos Pulmões e aos Alvéolos, depende em grande parte de sua solubilidade, tamanho, características químicas e do metabolismo do corpo. Considerando essas premissas, as Partículas podem ser classificadas segundo o que causa e, pois, dos efeitos biológicos que ocorrem no organismo, em:
a)- Aerossóis Inertes: por serem inertes limitam-se a causar mínimos incômodos podendo, contudo, em quantidade expressiva, prejudicar a parte superior do aparelho digestivo.
b)- Partículas Produtoras de Alergias: devem ser observadas com atenção pois podem causar reações severas em pessoas mais sensíveis e sujeitas a reações alérgicas.
c)- Partículas Químicas Irritantes: Essas partículas podem danificar as sensíveis membranas mucosas do tecido dos pulmões, reagindo quimicamente, causando danos irreversíveis.
d)- Partículas Produtoras de Fibroses: Podem ser a causa do rompimento das colônias alveolares e desenvolvimento silicoses e de tecidos com cicatrizes nos pulmões quando, p.ex., expostos ao quartzo (dióxido de silicone), ao asbestos, causador da asbestose.
e)- Partículas Produtores de Câncer: que além do rompimento físico dos espaços alveolares, são ainda causadores de câncer como o próprio Asbesto, os Cromatos, o Amianto e as Partículas Radioativas que geram radioatividade através de seus átomos.
f)- Partículas de Venenos Sistemáticos: podem causar situação iminentemente perigosas à vida e à saúde, morte por travar ou cessar o funcionamento de órgãos humanos internos ou deixar sequelas irreversíveis, tais como Chumbo, Mercúrio, Cádmio, Arsênico, Ricina, Cianeto, etc.
g)- Partículas Produtoras de Febre: causadoras de desânimo, queda de produtividade, desconforto e mal-estar, tais como geram os vapores de Zinco, de Cobre, de Alumínio e de Estanho.
Todas as partículas, medidas em microns, existem fisicamente e tem peso e por isso, para efeitos de Limites de Tolerância no ambiente, elas são consideradas em miligramas por metro cúbico e sua representação gráfica é mg/m3.
Capítulo VIII – Contaminantes Gasosos (Gases)
Os gases, diferentes das partículas, eles não tem tamanho e nem peso e são espargidos no ar ambiente, dispersando-se e ocupando espaço ou misturando-se em volume e, para efeito de medir-se a quantidade de um ou mais gases contidos num ambiente, é calculado em partes por milhão e sua representação gráfica é estabelecida com a sigla ‘ppm’ e dentro dessa medida, são estabelecidos pelo Governo, os padrões máximos aceitáveis e tolerados, pelo organismo humano. Os Órgãos especializados dos Governos, baseado em testes e pesquisas, estabelecem através de Normas específicas qual o Limite de Tolerância para cada gás conhecido, indicando-os em ‘ppm’.
As Classes de Gases Contaminantes são:
1.- Gases Inertes;
2.- Gases Ácidos;
3.- Gases Alcalinos;
4.- Gases Orgânicos Compostos;
5.- Gases Organometálicos Compostos.
Na edição de sexta-feira próxima, 22/11, vamos saber o que são esses gases e definir a origem de cada um deles, citar os mais conhecidos e presentes no dia a dia e examiná-los, classificando-os de acordo com os seus efeitos biológicos no organismo humano.
lcsanfelice@gmail.com
Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul.
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