Quinta-feira, 31 de outubro de 2024
Por Redação O Sul | 14 de outubro de 2020
Fogachos, que são aqueles calores que vêm em ondas, com rubor facial, seguidos de calafrios. Suor, principalmente à noite, seguido por uma sensação de frio intenso. Oscilação do humor, secura vaginal, diminuição da libido, uma discreta dificuldade em perder peso. Se você achou que esses sintomas estão relacionados à menopausa…
Na verdade, esses sinais citados acima acontecem no climatério, que é o período de transição, que antecede a menopausa e que permanece nos primeiros anos pós-menopausa.
Identificada por diagnóstico retrospectivo, realizado após um ano, a menopausa, por definição, é a data da última menstruação. Já o climatério é todo o período que envolve a menopausa e os sintomas associados.
Na maioria das mulheres, a pausa da menstruação ocorre aos 51 anos de idade e exames específico hormonais podem identificar se a mulher já está na fase do climatério.
Prevenção e reposição hormonal
Sim, é possível prevenir os sintomas tão incômodos do climatério. A endocrinologista Dra. Lorena Lima Amato explica que o estilo de vida saudável pode ser um grande aliado nesta fase.
“Cada mulher responde de maneiras distintas ao climatério, mas a prática diária de atividade física, alimentando-se bem e com qualidade nutricional e não apresentar excesso de peso são fatores que contribuem para a prevenção de sintomas mais agudos”, comenta a especialista.
A oscilação do humor, que faz parte do climatério, pode deixar a pessoa deprimida, até mesmo por causa da variação hormonal. “Para os quadros depressivos ou de ansiedade, é possível tratar com antidepressivos e ansiolíticos. Em geral, a reposição hormonal não é feita para combater os sintomas psíquicos, mas sim os fogachos”, esclarece Dra. Lorena.
A especialista ressalta ainda que nem todo câncer de mama impede a reposição hormonal. “Em geral, mulheres que tiveram casos de câncer de mama em parentes de primeiro grau – mãe e irmãs – com idade antes dos 50 anos de idade não podem fazer uso da reposição. Histórico pessoal de câncer é contraindicação absoluta”, enfatiza endocrinologista Lorena.