Sábado, 28 de dezembro de 2024
Por Redação O Sul | 23 de março de 2022
Quem quer comprar dólar em espécie para viajar pode recorrer às tradicionais casas de câmbio ou bancos. O inconveniente, no entanto, é ter que carregar o dinheiro, com o risco de perdê-lo ou de ser roubado.
Vale a pena pesquisar, porque as taxas podem variar bastante. Além disso, o viajante também pode ter de pagar comissão ou taxas administrativas. A alíquota do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF), no entanto, é sempre a mesma: 1,1%.
Mas atenção: ao perguntar o “preço do dólar” em uma casa de câmbio e em um banco, a tendência é que custe menos no banco. Porém, ao somar a taxa de transação bancária – cobrada pelos bancos –, o valor final acaba ficando mais alto que o da corretora de câmbio. A regra básica é dividir o valor da taxa pela diferença de preços entre corretora e banco.
Para localizar uma instituição autorizada, o aplicativo Câmbio Legal (para tablets e smartphones com sistema Android ou iOS), desenvolvido pelo Banco Central (BC), ajuda a encontrar os pontos de câmbio em todo o país, utilizando informações fornecidas pelas instituições autorizadas a operar em câmbio. Por meio do app, também é possível consultar o Valor Efetivo Total (VET) cobrado em cada operação.
O BC alerta para que não se utilize do mercado paralelo, que oferece riscos pois não há garantia de que a moeda estrangeira comprada seja autêntica e que, como não há recibo de compra para apresentação às autoridades de forma a comprovar a legalidade da posse e a origem da moeda estrangeira, o valor pode ser apreendido.
Ainda de acordo com o BC, ao utilizar o mercado paralelo de câmbio, há a possibilidade de misturar o dinheiro com recursos provenientes de tráfico de drogas, de armas e de outras atividades ilícitas, o que poderia provocar consequências indesejáveis.
Taxa variável
A taxa de câmbio é o preço de uma moeda estrangeira medido em unidades ou frações da moeda nacional. Seu valor é dado entre vendedores e compradores de cada moeda, sem interferência do BC. Ao Banco Central cabe a divulgação diária das taxas praticadas no mercado. Essa taxa é chamada Ptax, que serve como balizador de preço.
No País, os principais tipos de operações são o câmbio turismo, que diz respeito à compra e à venda de moedas estrangeiras para gastos pessoais (com viagens e compras, principalmente); câmbio comercial, utilizado em importação e exportação; câmbio financeiro, que envolve outros tipos de remessas de valores de ou para o exterior, tais como manutenção de residentes, pagamentos de cursos, reservas de hotéis e serviços no exterior.
Turismo x comercial
Vale destacar que o valor do dólar divulgado diariamente pela imprensa refere-se ao dólar comercial. Para quem vai viajar e precisa comprar moeda em corretoras de câmbio, o valor é mais alto.
O preço pago pelo dólar considera custos administrativos e financeiros. Um dos motivos para ser mais caro é que as pessoas físicas compram volumes menores que as empresas e outros bancos, então, os custos administrativos, proporcionalmente, são maiores nessas operações.
Mas há ainda as taxas de transação das corretoras, além do próprio lucro da casa de câmbio.
O turista comprar dólar comercial é proibido pelo Banco Central. O BC tem regras para compra e venda tanto do dólar comercial quanto do turismo.