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Saiba como Ed Sheeran bateu a banda U2 com turnê mais lucrativa da história

Músico de 33 anos fez revelação em podcast: "Nada de criativo resultou de estarmos conectados o tempo todo". (Foto: Reprodução)

A turnê do álbum “Divide”, de Ed Sheeran, foi a mais rentável de todos os tempos, disse na terça-feira (27) a revista “Billboard”. Segundo o ranking da revista americana foram: 255 shows pelo mundo; durante 30 meses, entre março de 2017 e agosto de 2019; com 8,9 milhões de ingressos vendidos; e teve rendimento total de US$ 776,2 milhões (cerca de R$ 3,2 bilhões); O recorde anterior era a “The 360º Tour” do U2, de 2011, com US$ 736,4 milhões em 110 shows.

A turnê de Ed Sheeran passou pelo Brasil em 2017 e 2019.

Como Ed virou tão grande?

Edward Christopher Sheeran pode ser considerado o primeiro artistas a ser impulsionado pela força dos serviços de streaming. Foi lá, principalmente com baladas tocadas no violão, que ele começou a formar seu público.

Na primeira vez no Brasil, em abril de 2015, tocou em casas médias, com públicos de no máximo 8 mil pessoas. Em 2017, passou por estádios como o do Palmeiras e o Mineirão. Neste ano, esgotou rapidamente a primeira noite em São Paulo: fez dois shows por lá.

É fácil explicar todo esse fascínio de brasileirinhos e brasileirinhas, na maioria entre 5 e 20 anos. O sucesso de Sheeran está na capacidade de misturar um pouco de cada estilo: pop dançante, rock acústico, rap, baladas quase bregas.

É até natural que ele seja o maior artista solo desta era na qual artistas e sonoridades se misturam por meio de featurings e do botão de ordem aleatória do Spotify.

Pop de playlist

O novo álbum “No.6 Collaborations Project”, lançado em julho, tem 22 convidados, de Eminem a Bruno Mars. Mas o destaque é o anfitrião. Ele também se multiplica como nos shows.

Ele tem este talento de fazer um pop de playlist. As 15 novas músicas parecem feitas para ter uma vaga no maior número de listas possíveis no YouTube, Spotify ou Deezer.

Edinho está cada vez mais sem rótulos, mas consegue soar autêntico. O que é raridade. Mas rotulá-lo assim não é um consenso.

O Phil Collins desta era?

Há quem veja em Ed uma espécie de Phil Collins, disposto a concessões, melosidades, parcerias e diluições para falar com o maior número de gente possível.

A autenticidade do cantor de 28 anos tem a ver com o fato de ele sempre fazer shows sozinho. Ele transforma músicas tão diferentes (e, para alguns, genéricas) em performances voz, violão e efeitos.

Ele tem um equipamento que grava e reproduz os sons que faz. Daí, vai fazendo diferentes batidas, coros, riffs e dedilhados. Assim, sobrepõe barulhos e camadas. E bate recordes.

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