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Saiba como está a vida de Daniel Alves, dois anos após ser condenado por estupro na Espanha

Daniel Alves adotou uma postura bastante discreta desde que deixou o complexo penitenciário de Brians 2, em Barcelona. (Foto: EBC)

Nesta segunda-feira (20), completam-se dois anos desde a prisão de Daniel Alves. O ex-lateral da Seleção Brasileira foi preso em 2023 após ser acusado de estuprar uma mulher em uma boate de Barcelona, na Espanha, um mês antes.

O jogador, que nega a agressão e garante que a relação foi consensual, foi condenado a quatro anos e meio de prisão, mas foi solto em março do ano passado após pagar uma fiança de 1 milhão de euros (R$ 5,4 milhões) e aguarda em liberdade o trânsito em julgado.

Daniel Alves adotou uma postura bastante discreta desde que deixou o complexo penitenciário de Brians 2, em Barcelona. Impedido de deixar a Espanha, ele continua morando no país europeu, mas trocou a agitação da cidade catalã pela calmaria de Tenerife, ilha isolada no arquipélago das Canárias. Localizado no Oceano Atlântico próximo ao Marrocos e Saara Ocidental, o local possui cenário paradisíaco ao mesmo tempo em que oferece uma rotina mais reservada ao brasileiro, que precisa comparecer às instâncias judiciais semanalmente.

Acompanhá-lo nas redes sociais ficou mais difícil. Isso porque ele excluiu a sua conta no Instagram e mantém apenas um perfil oficial no X (antigo Twitter). Na plataforma de Elon Musk, as coisas não são muito diferentes. Daniel Alves fez apenas dez publicações desde a soltura. A maioria faz referência a conteúdos religiosos, como passagens bíblicas.

Há também postagens com fotos do jogador celebrando o Natal e o Ano Novo, além de uma imagem passeando de bicicleta com o filho. O ex-jogador também aproveitou para divulgar um aplicativo de eventos de um amigo com os seus 9 milhões de seguidores.

Em uma das publicações mais recentes no X, Daniel Alves aparece em um vídeo tocando violão e cantando o que aparenta ser um louvor. Usuários se dividiram nos comentários da publicação, com muitos elogiando o atleta, enquanto outros relembravam a prisão por estupro. Um outro vídeo do jogador cantando outra música religiosa também repercutiu no Instagram antes de ele abandonar as redes.

Daniel Alves conseguiu se reaproximar da ex-mulher Joana Sanz. Em agosto do ano passado, ela publicou três fotos do brasileiro cozinhando em sua casa, em Mallorca. “Somos felizes. Quem se incomoda, é só não olhar”, escreveu a modelo na postagem. A espanhola, que conheceu o ex-lateral em 2015, se casou com ele dois anos depois, e chegou a ser criticada por declarar apoio ao ex-marido após o divórcio.

Aos 41 anos, Daniel Alves também continua jogando futebol. De acordo com os jornais espanhóis como Marca e Sport, o brasileiro criou um perfil anônimo em um aplicativo para marcar jogos amadores ao redor da Espanha. Em setembro do ano passado, ele já foi flagrado por mais de uma vez participando de um jogo e foi tietado com fotos e vídeos pelos que estavam presentes. Segundo o La Vanguardia, o ex-jogador do Barcelona chegou a participar de campeonatos enquanto estava na prisão.

Após deixar a prisão, Daniel Alves também devolveu 150 mil euros (aproximadamente R$ 818 mil) a Neymar dos Santos Silva, pai de Neymar. O valor foi transferido à Justiça e utilizado para atenuar a pena do atleta, que esteve preso preventivamente por quase um quarto da pena definida na condenação. O julgamento do brasileiro durou três dias e foi finalizado no dia 7 de fevereiro de 2024, aproximadamente 13 meses após a prisão preventiva do jogador.

Segundo o entendimento do Tribunal, a sentença foi “significativamente reduzida em relação à mais baixa das solicitadas pelo Ministério Público”. A Promotoria queria que Daniel Alves fosse condenado a nove anos de prisão. Enquanto a acusação que representa a vítima pedia 12 anos. O tempo que o brasileiro esteve encarcerado foi levado em conta pelo Tribunal para conceder a liberdade provisória.

A soltura do lateral não significa que foi absolvido. Ele apenas terá liberdade para aguardar as análises do processo em instâncias superiores àquela em que ele foi condenado. Depois da condenação no Tribunal de Barcelona, o caso é avaliado pelo Superior Tribunal da Justiça da Catalunha (STJC). Lá, estão um pedido da defesa pela absolvição do brasileiro e outro do Ministério Público para o aumento da pena imposta. (Estadão Conteúdo)

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