Sexta-feira, 25 de abril de 2025
Por Redação O Sul | 20 de agosto de 2015
Nesta semana, uma das notícias mais comentadas no planeta foi a do surgimento de uma pílula capaz de estimular a libido das mulheres. Ela foi aprovada pelas autoridades que regulam medicamentos nos Estados Unidos e deve começar a ser vendida por lá a partir de outubro. Mais de 50 anos depois da pílula anticoncepcional, outra pílula levantou a discussão sobre os direitos das mulheres. Se os homens têm remédios para quando não conseguem fazer sexo, por que as mulheres não?
A empresa americana Sprout desenvolveu a pílula cor-de-rosa Addyi. Ela já tinha sido reprovada duas vezes pela FDA (Food and Drugs Administration), agência que regula alimentos e medicamentos nos Estados Unidos. Após cientistas discutirem novamente os testes e os resultados, e ouvir depoimentos, a nova droga foi aprovada.
Ela tem que ser tomada todos os dias e só começa a fazer efeito após umas quatro semanas. A embalagem vai ter que deixar bem claros os possíveis efeitos colaterais: tontura, mal-estar, quedas grandes de pressão e até desmaios – principalmente se a mulher tomar bebida alcoólica.
O que os homens – alguns – tomam é um remédio para aumentar a circulação de sangue e ajudar na ereção. Já o problema que atinge 10% das mulheres está na cabeça.
Dopamina.
A dopamina é uma substância que existe no cérebro e que ajuda a transmitir a sensação de prazer. Se a quantidade de dopamina diminui, o interesse sexual também. O novo remédio ajuda a balancear a quantidade dessa substância. O princípio ativo é a flibanserina, que foi desenvolvida como antidepressivo.
Críticos dizem que o remédio é pouco eficaz. Ainda assim, para a médica e pesquisadora Carmita Abdo, a nova droga é uma conquista. “O primeiro medicamento a ser aprovado por um órgão regulador para o bem-estar e a saúde sexual da mulher. Rompe-se assim uma barreira que nunca antes havia sido rompida”, afirma.
Por enquanto, a pílula foi aprovada só para mulheres que ainda não chegaram à menopausa. Mas os cientistas dizem que ela funciona pras mulheres que já estão neste período e para os homens também. Só que esse uso ainda não foi avaliado pela FDA. (AG)