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Saiba como funciona o financiamento imobiliário

Com a volta dos juros em dois dígitos, crédito imobiliário ficará menos acessível para a população brasileira. (Foto: Arquivo/Agência Brasil)

Fazer um financiamento imobiliário nada mais é do que pegar o dinheiro emprestado com um banco para comprar um imóvel e pagar, em prestações e com juros, essa dívida, que pode se estender por até 35 anos. Saiba como funciona.

O primeiro passo antes de conseguir o crédito é entender quais são as suas condições e em qual banco o serviço é mais atraente, seja ele público ou privado. O que muda são as condições de pagamento, a duração dos contratos, quanto do imóvel pode ser financiado e as taxas de juros.

Geralmente os bancos públicos, como a Caixa Econômica Federal, costumam ser a primeira opção dos compradores, já que apresentam taxas de juros mais atraentes. Algumas instituições financeiras oferecem uma ferramenta onde é possível simular o valor do empréstimo em sites ou aplicativos.

Achei o imóvel. E agora?

Com a moradia escolhida, chega o momento de solicitar o subsídio. Nessa hora é preciso apresentar os documentos pessoais no banco escolhido, entre eles RG, CPF, comprovante de residência e de renda mensal.

Após uma análise minuciosa e, não havendo pendências em nome do cliente, a solicitação é aprovada. O imóvel a ser financiado é avaliado por um corretor ou engenheiro do banco, que fazem uma confirmação do valor antes do contrato ser assinado.

Opções oferecidas

São diversas as possibilidades disponíveis, como o programa Minha Casa Minha Vida, em que o governo federal facilita a aquisição do bem por meio da Caixa Econômica Federal ou do Banco do Brasil.

Para quem está sem pressa de fechar o negócio, existe também o consórcio. A modalidade consiste no agrupamento de pessoas, físicas ou jurídicas, para fazer uma espécie de poupança de um valor predeterminado, que é pago em parcelas mensais.

Uma administradora fica responsável por gerenciar esse dinheiro. No fim do pagamento das parcelas, os participantes recebem uma carta de crédito que poderá ser utilizada na compra do imóvel.

Já para quem pretende adquirir um imóvel que supere o valor de R$ 500 mil e almeja pagar as prestações em pouco tempo, o financiamento direto com a construtora costuma ser a melhor opção.

O benefício dessa escolha é que o cliente pode dar uma entrada na compra do imóvel menor do que a exigida pelos bancos, e, caso aconteça algum imprevisto financeiro, existe mais facilidade para negociação das parcelas.

A desvantagem de financiar direto com a construtora é a cobrança do IGP-M (Índice Geral de Preços do Mercado), levando a um aumento do preço final do imóvel.

Financiamentos imobiliários somam R$ 5,77 bi em abril 

Os financiamentos para a compra e a construção de imóveis no País somaram R$ 5,77 bilhões em abril, alta de 2,2% em comparação com março e avanço de 40,3% em relação a abril do ano passado. Os dados foram divulgados nesta quinta-feira (30) pela Abecip (Associação Brasileira das Entidades de Crédito Imobiliário e Poupança) e consideram apenas os empréstimos com recursos originados nas cadernetas.

No primeiro quadrimestre de 2019, os financiamentos atingiram R$ 21,4 bilhões, elevação de 39,7% em relação ao mesmo período do ano passado.

No acumulado dos últimos 12 meses até abril, os empréstimos totalizaram R$ 63,5 bilhões, alta de 40,2% em relação ao apurado nos 12 meses anteriores.

No início do ano, a Abecip divulgou a projeção de que os financiamentos devem atingir R$ 69 bilhões em 2019, o equivalente a uma alta de 20% frente a 2018.

Unidades

Em termos de quantidade de imóveis, a pesquisa da Abecip apurou que os empréstimos atenderam a compra e a construção de 21,1 mil unidades em abril, resultado 10,6% inferior ao de março, mas superior em 27,8% ao de abril do ano passado.

Nos primeiros quatro meses de 2019, os recursos atenderam 83,9 mil imóveis, alta de 38,2% em relação a igual período de 2018.

Nos últimos 12 meses até abril, foram financiados 251,6 mil imóveis, aumento de 36,9% em relação ao apurado nos 12 meses anteriores.

Ranking

A Caixa Econômica Federal, considerada o banco da habitação, reassumiu o protagonismo no setor após ter retraído a liberação de recursos no ano passado e perdido a liderança em meio a ajustes internos.

Segundo pesquisa da Abecip, o banco estatal liderou o ranking de concessão de financiamentos em abril, com R$ 1,693 bilhão em desembolsos. Em seguida vieram Bradesco (R$ 1,314 bilhão), Itaú Unibanco (R$ 1,328 bilhão), Santander (R$ 687,9 milhões) e Banco do Brasil (R$ 646,2 milhões).

No quadrimestre, a Caixa se distanciou na liderança, com empréstimos de R$ 5,901 bilhões. Em seguida estão Bradesco (R$ 5,053 bilhões), Itaú Unibanco (R$ 4,547 bilhões), Santander (R$ 3,534 bilhões) e Banco do Brasil (R$ 1,664 bilhão).

Em 2018, o Bradesco liderou a concessão de financiamentos, com desembolsos que totalizaram R$ 15,1 bilhões. A Caixa ficou em segundo lugar, atingindo R$ 13,2 bilhões, de acordo com a Abecip.

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