O clima no segundo semestre deste ano deve ser marcado pelo El Niño, que se as previsões se concretizarem, pode ter uma versão “turbinada”, chamada informalmente de “super”. Neste caso, as consequências climáticas do fenômeno podem atingir diretamente o bolso dos brasileiros, aumentando a conta de luz.
O panorama climático atual revela a configuração do fenômeno El Niño e seu gradual fortalecimento nos próximos meses.. Essa informação foi confirmada pelo Centro de Previsão Climática da Administração Oceânica e Atmosférica dos Estados Unidos (NOAA).
O El Niño é um fenômeno climático que ocorre no Oceano Pacífico equatorial e é caracterizado pelo aquecimento anormal das águas superficiais do oceano, resultando em mudanças significativas nos padrões climáticos em várias partes do mundo.
O fenômeno também influencia os padrões de chuva, ventos e temperaturas. Em algumas partes do mundo, ele pode causar chuvas intensas e inundações, já em outras, pode levar a secas e condições de seca.
No caso do Brasil, o El Niño está geralmente associado a um aumento das temperaturas e a uma diminuição das chuvas na região sul e sudeste, onde estão localizadas as principais hidrelétricas do país, responsáveis por uma parcela significativa da geração de energia elétrica no Brasil.
Com a redução do volume de chuvas nessas regiões, os reservatórios das hidrelétricas podem ficar com níveis mais baixos do que o ideal. Isso pode levar a uma diminuição na capacidade de geração de energia hidrelétrica e, consequentemente, a um aumento no acionamento de usinas termelétricas, o que pode aumentar os custos de produção de energia elétrica e acabar sendo repassado ao consumidor final na forma de tarifas elevadas.
Além disso, o aumento das temperaturas também pode levar a um maior uso de equipamentos de refrigeração, como ar-condicionado, o que contribui para o aumento do consumo de energia elétrica nas residências e estabelecimentos comerciais.
A EDP, distribuidora de energia de Guarulhos, Alto Tietê, Vale do Paraíba e Litoral Norte de São Paulo, compilou algumas dicas para evitar desperdícios e possíveis aumentos na conta de luz neste período. Veja abaixo 3 dicas para economizar na conta de energia.
– Uso eficiente de dispositivos elétricos: Quando se trata de aparelhos elétricos que utilizam resistência, como chuveiros, aquecedores, secadores de cabelo e fornos, algumas medidas podem ser tomadas. Os chuveiros, por exemplo, representam cerca de 25% a 35% do consumo total das famílias.
Nos dias mais frios, as pessoas tendem a tomar banhos mais demorados e mudar o chuveiro para o modo inverno, que consome cerca de 30% a mais de energia do que o modo verão. Para economizar energia, é aconselhável manter o chuveiro em uma potência mais baixa, tomar banhos mais curtos e limitar a duração a cinco a oito minutos.
– Manutenção de geladeira: Para otimizar o uso de energia, a potência de resfriamento dos refrigeradores pode ser ajustada para uma configuração mais baixa. Também é importante garantir que as portas do refrigerador estejam devidamente vedadas. Além disso, alimentos quentes não devem ser colocados dentro da geladeira e roupas nunca devem ser secas atrás do eletrodoméstico.
– Práticas eficientes de lavanderia: Mesmo com um inverno mais ameno, as pessoas tendem a usar roupas mais pesadas, o que afeta diretamente o consumo de energia das máquinas de lavar e secar. Recomenda-se a utilização destes aparelhos na capacidade máxima indicada pelo fabricante, para evitar o desperdício de eletricidade e água. As informações são dos sites Olhar Digital e Tecmundo.