De acordo com a Organização Mundial da Saúde 35 milhões de pessoas sofrem de Alzheimer em todo o mundo. No Brasil, a doença já atinge 1 milhão de pessoas. No início do ano uma pesquisa feita pela Universidade Federal do Rio de Janeiro comprovou a relação entre um hormônio liberado pela prática de atividade física com a melhora dos seus sintomas.
O que muita gente desconhece é a relação das doenças neurodegenerativas com a alimentação, que está entre as suas principais causas. Investir em um hábito alimentar saudável pode, portanto, resultar na prevenção da doença e, em casos já iniciados, pode amenizar os sintomas e diminuir o seu ritmo de evolução. Mas como acontece com a maioria das doenças, o ideal é mesmo focar na prevenção, com a certeza de que é possível chegar à velhice com uma atividade cerebral saudável. Veja a seguir:
Combata a resistência à insulina
Se você sente muito sono ou cansaço após as refeições, acompanhado de uma grande vontade de comer doces, dificuldade para emagrecer ou até mesmo para engravidar, procure um nutricionista, são alguns dos possíveis sintomas deste problema. Os alimentos ultraprocessados (bolachas recheadas, salgadinhos, temperos, molhos e caldos prontos, refrigerantes, macarrão instantâneo) consumidos com frequência, assim como aqueles feitos com farinha branca ou açúcar, quando ingeridos isoladamente, ou seja, desacompanhados de outros tipos de alimentos, em um hábito alimentar com poucas opções de comida de verdade, podem causar esta resistência. Portanto, vale diminuir a presença deles no dia a dia.
Diminua o estresse oxidativo
Os novos hábitos alimentares praticados no País têm privilegiado os alimentos ultraprocessados em detrimento dos naturais. O baixo consumo de frutas, verduras e legumes além de enfraquecer o sistema imunológico, diminui a oferta de minerais, vitaminas e compostos bioativos antioxidantes. A falta ou insuficiência desses antioxidantes naturais aumenta a produção de radicais livres que podem danificar as células, modificando ou inibindo as suas funções. O estresse oxidativo, caracterizado pelo acúmulo dos radicais livres, também é um dos fatores causadores da chamada ‘disfunção mitocondrial’, quando há uma diminuição da disponibilidade dos níveis de energia para as células cerebrais.
Prefira alimentos orgânicos e os utilize de forma integral
Nutrientes como a coenzima Q10, a vitamina B2 e o ferro, entre muitos outros, são fundamentais para preservar a energia cerebral e evitar a disfunção mitocondrial que é um dos causadores das doenças neurodegenerativas. Para obter uma boa quantidade e uma grande variação de nutrientes é importante consumir frutas, verduras, legumes, cereais e leguminosas variados. Dê preferência para os orgânicos cuja concentração de vitaminas e minerais é muito maior do que a de alimentos cultivados com agrotóxicos.
Nas feiras específicas e mesmo por meio de cestas entregues em casa semanalmente, é possível encontrar preços semelhantes aos mais tradicionais. Caso opte pelos orgânicos, aproveite os alimentos de forma integral, com cascas (pepino, abobrinha, berinjela, chuchu…), talos (brócolis, couve, couve flor…) e até as ramas de cenoura, beterraba e rabanete. Em 100 gramas de agrião, por exemplo, há 50mg de cálcio, enquanto na mesma quantia de folhas de cenoura, há 500mg.
Evite leite de vaca, soja, glúten e açúcar
Assim como o sistema respiratório que apresenta manifestações inflamatórias, como rinite sinusite ou bronquite, o cérebro também sofre os efeitos de processos inflamatórios. O principal causador de inflamação no organismo é o consumo frequente e excessivo das proteínas do leite de vaca e de soja e o glúten, que é a principal proteína do trigo.
E, capriche na hidratação. O simples hábito de beber água pode ser fundamental na preservação da saúde cerebral.