Quinta-feira, 26 de dezembro de 2024
Por Redação O Sul | 19 de maio de 2024
“A grande maioria das fotos são possíveis de recuperar”, diz a A fotógrafa Franciele Locatelli, que atuou como voluntária nas enchentes do Vale do Taquari em setembro de 2023. Depois de ir para a linha de frente e ajudar amigos e familiares, ela passou a contribuir na área em que atua ao auxiliar na recuperação de fotografias danificadas pelas cheias
As fotografias são recuperáveis?
“Eu diria que a grande maioria das fotos são possíveis de recuperar só na base de lavar e colocar para secar. Água corrente, normal. Estende em um varal, na sombra, pegando um vento. Se esta foto pegou muito barro ou sujeira ela pode ficar com umas manchas, mas quase sempre são recuperáveis. As fotos antigas, anteriores aos tempos digitais, nos trazem muito afeto, não são possíveis de serem feitas de novo ou somente reimpressas. Então as pessoas ficam com esta dúvida, se realmente perderam as fotos, mas não precisa jogá-las fora, é um processo simples e que normalmente tem resultado positivo.”
Como nota a importância que as pessoas dão a essas fotos?
“São memórias afetivas. A fotografia é a tua história. Por isso este apego tão grande, é uma vida registrada e que pode ter sido perdida na enchente. É tu olhar a fotografia e conseguir lembrar a história”
O que mais danifica estes materiais?
“O processo com o barro é algo novo, pois até então nunca tinha sido procurada para recuperar fotos assim. Se deixar elas no sol, é um processo natural que elas desbotem. Por isso é importante lavar com água, tirar a sujeira, e deixar secando na sombra quanto tempo for preciso. Fiz testes também, peguei algumas fotos e apliquei materiais para ver se reagiam diferente. Mas o processo é basicamente o mesmo sempre. Quem precisar de ajuda pode me procurar nas redes sociais ou pelos contatos profissionais que eu estou disposta a ajudar.”
De onde vem a paixão pela fotografia?
“Trabalho com isso há mais de 15 anos. Faz dois anos que tenho a minha própria empresa. A paixão vem desde guria, com 17 anos mais ou menos. Amo fotografias, conhecer pessoas, histórias. Poder contar estas histórias. Por isso achei tão importante ajudar as pessoas a tentar recuperar estas fotos. É a tua vida, a tua história, contada em fotografias.” As informações são do portal de notícias A Hora.