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Saúde Saiba mais sobre o mito da mulher fatal

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Encarnando o papel da femme fatale, a atriz Christina Hendricks, com suas formas voluptuosas, vive uma personagem corajosa na série “Mad Men”. Crédito: Reprodução

A atração que determinadas mulheres exercem sobre um tipo de homem ou a maioria deles, criou o mito da “femme fatale” (a mulher fatal). A qualificação de fatale identifica as consequências enfrentadas por aqueles que caem na rede dessas femmes: a ruína financeira, o abandono do lar e da família, miséria moral, ética e emocional. Em contrapartida, alguns autores afirmam que mulheres assim estigmatizadas seriam escravas de um sentimento de vingança oriundo de uma paixão frustrada, abandono de amante ou cobiça por poder e dinheiro.

Encontramos femmes fatales em vários momentos da história. A primeira e a mais competente de que se tem notícia parece ter sido mesmo Eva. Ao tentar Adão, teria provocado a desgraça, não só para ele, mas para todos nós. O livro dos hebreus e dos cristãos é pródigo nesse tema; Dalila, por exemplo, encarna a traição mais vil ao vender-se aos inimigos de Sansão. Descobriu a fonte da força dele no leito. Entre beijos, ele revela que seus cabelos guardam a sua potência. Adormecido, após o amor com a mulher irresistível, ela lhe corta a vasta cabeleira.

Salomé, filha de criação de Herodíade, mulher de Herodes, dança sensualmente até levá-lo ao despropósito de lhe oferecer qualquer coisa. A cabeça do profeta João Baptista é seu pedido. Ele praguejara contra Herondíade, por haver abandonado o marido em favor de seu irmão, Herodes.

Uma lista clássica de femme fatales não pode deixar de fora Cleópatra, rainha do Egito. Embora sua fama seja de moça feia, conquistou ninguém menos do que Júlio César. Foi uma sedução oportunista. Ela precisava do apoio militar dos romanos para derrotar um inimigo interno, Ptolomeu, que disputava o poder durante uma guerra civil.

César invadiu o Egito, venceu os sublevados e empossou Cleópatra em seu leito e no trono egípcio. O próximo seduzido seria Marco Antônio, e Roma o derrotou na batalha de Áccio. Quando as tropas do Império se encaminhavam para o Egito, os dois amantes derrotados fizeram pacto de suicídio. Impossível ser mais fatal.

Desistir da coroa por uma mulher é o máximo da submissão. Foi o que ocorreu com Eduardo VIII, que trocou o trono inglês, em 1936, pelo amor de Mrs. Simpson, uma divorciada americana.

E há quem atribua à atração que Yoko Ono exerceu sobre John Lennon, na década de 1970, o lamentável fim dos Beatles. Essas histórias são antigas, mas até hoje mulheres fatais parecem continuar por aí.

O que ela tem?

As mulheres “respeitáveis” observavam de longe e se perguntavam: “O que elas têm que eu não tenho?” E como o sexo devia ser contido para estas, era natural imaginarem que a resposta estava no prazer especial que as outras sabiam proporcionar aos homens. Mas será que o motivo dessa paixão obsessiva pode ser atribuído somente ao sexo? É pouco provável.

Mas, afinal, o que faz essas mulheres terem tanta força? Como conseguem dominar homens poderosos e submetê-los aos seus desejos?

Talvez a explicação se encontre na forma como as crianças são educadas na nossa cultura. Desde cedo o homem é ensinado a não precisar da mãe para não ser visto como frágil, “filhinho da mamãe”. Desta forma, não é difícil ele se tornar dependente da femme fatale por encontrar nela a satisfação das necessidades reprimidas desde a infância: ser cuidado e dirigido por uma mulher. Com ela, pode se tornar menino, se sentir protegido. E é claro que sexualmente ela o satisfaz, já que não mede esforços para tê-lo nas mãos. A entrega dele é total. Não há dúvida de que a mulher fatal do século 21 é bem diferente das suas antecessoras, mas o fascínio exercido sobre o homem que a deseja não é em nada menor. Dificilmente ele resiste, é capaz de qualquer loucura por ela. (Regina Lins/AD)

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https://www.osul.com.br/saiba-mais-sobre-o-mito-da-mulher-fatal/ Saiba mais sobre o mito da mulher fatal 2015-12-14
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