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Cinema Saiba o que “Ainda Estou Aqui” tem em comum com as outras produções que concorrem a Melhor Filme no Oscar

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Cinema tem o poder de funcionar como um mapa do futuro, antecipando questões e desafios que estão por vir. (Foto: Divulgação)

Os brasileiros estão ansiosos para a disputa do Oscar de Melhor Filme, que acontecerá neste domingo (2). “Ainda Estou Aqui”, dirigido por Walter Salles e estrelado por Fernanda Torres, está entre os indicados e traz uma reflexão sobre a resistência, o amor à liberdade e a capacidade de sobreviver em tempos difíceis. Essa película compartilha uma característica com os outros nove concorrentes: a capacidade de abordar temáticas atuais e universais, que ecoam no presente.

O cinema tem o poder de funcionar como um mapa do futuro, antecipando questões e desafios que estão por vir. No caso do Oscar 2025, nove dos dez concorrentes foram filmados entre 2022 e 2023, mas suas histórias são tão atuais que parecem ter sido feitas ontem. São filmes que falam sobre resistência, amor à liberdade e a importância de seguir em frente, mesmo quando as coisas parecem contra nós.

Muitos dos indicados tiveram jornadas complexas até chegarem às telas. Quase todos enfrentaram atrasos devido à pandemia ou greves, e alguns projetos ficaram na prateleira por anos, esperando por produtores corajosos o suficiente para financiá-los. “Ainda Estou Aqui”, segundo o diretor Walter Salles, só se tornou possível depois que a democracia brasileira sobreviveu a uma tentativa de golpe. A história do filme, que inicialmente parecia ser apenas sobre o passado, se tornou uma reflexão sobre o presente e um alerta para o futuro.

Os outros nove concorrentes trazem histórias e temas igualmente poderosos:

– “Emilia Pérez”, sobre a transformação de um chefe de cartel mexicano;
– “O Brutalista”, que explora a vida de um arquiteto húngaro nos EUA;
– “Wicked”, um musical de fantasia sobre a origem da Bruxa Má do Oeste;
– “Conclave”, uma história fictícia de disputas políticas dentro da Igreja Católica;
– “Um Completo Desconhecido”, sobre a fase rebelde da carreira de Bob Dylan;
– “Anora”, uma história contemporânea de Cinderela;
– “A Substância”, uma sátira de terror sobre a pressão estética;
– “Duna: Parte Dois”, uma adaptação de ficção científica sobre autoritarismo e fanatismo;
– “Nickel Boys”, baseado em um romance vencedor do Prêmio Pulitzer, sobre amizade e injustiça racial.

Esses filmes, embora diferentes em gênero e tema, compartilham uma mensagem em comum: a importância de seguir em frente, mesmo quando as coisas parecem contra nós. São histórias de resistência, de amor à liberdade e de sobrevivência em tempos difíceis. O colunista de cinema do “The New York Times”, Kyle Buchannan, resume essa sensação: “É esse sentimento de ‘não tenha medo de seguir o seu caminho, mesmo quando as coisas parecem contra você’”.

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