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Notícias Saiba o que dizem as entidades jurídicas sobre a proposta de mandatos com a duração de 10 anos para ministros do Supremo Tribunal Federal

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Comissão aprovou novo mandato. (Foto: Reprodução)

Representantes de entidades de juízes e procuradores se manifestaram sobre o texto aprovado na quinta-feira (10) pela comissão da reforma política na Câmara que fixa mandato de dez anos para integrantes do STF (Supremo Tribunal Federal).

Para virar lei, a proposta deve ser aprovada em dois turnos pelos plenários da Câmara e do Senado. Se passar, a medida só será aplicada para as nomeações que acontecerem após a promulgação.

Para o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, a proposta de mandato tem “prós e contras”. “Mandato é só para os próximos que chegarem”, disse.

Como é atualmente

  • Atualmente, os ministros de tribunais superiores e do Tribunal de Contas da União (TCU) não têm mandato, mas precisam se aposentar compulsoriamente aos 75 anos, independentemente da idade com a qual tenham sido nomeados para o cargo.
  • A única exceção é o Tribunal Superior Eleitoral (TSE), em que os mandatos são de dois anos, prorrogáveis por outros dois.

O que o texto prevê

  • Pelo texto aprovado na comissão, passam a ter mandato de dez anos todos os integrantes do STF, do TCU (Tribunal de Contas da União) e do STM (Superior Tribunal Militar).
  • Em relação aos demais tribunais superiores – STJ (Superior Tribunal de Justiça) e TST (Tribunal Superior do Trabalho) –, os tribunais federais e estaduais e os eleitorais regionais, terão mandato de dez anos apenas os integrantes que tiverem sido indicados pelo Ministério Público e por representantes de advogados.
  • No caso do TSE, o mandato para todos os ministros passa a ser de quatro anos e não poderá haver recondução.

Repercussão

A fixação de mandatos para ministros do STF é vista por entidades de magistrados e do Ministério Público como possibilidade de “oxigenação” ou de “arejar” o Supremo.

 “Haverá uma oxigenação do STF. Ou seja, se há uma rotatividade, a Corte estará sempre com uma mentalidade nova para discutir as matérias ali analisadas”, disse Roberto Veloso, presidente da Ajufe (Associação dos Juízes Federais do Brasil). As entidades defendem uma discussão sobre a indicação dos ministros.

Para o presidente da ANPR (Associação Nacional dos Procuradores da República), José Robalinho, a discussão do mandato é válida, mas o tempo de 10 anos deveria ser o mínimo.

O ideal, segundo ele, é que fossem 12 anos, sem possibilidade de recondução, para dar mais estabilidade aos ministros.

“Eu acho que, nesse período, você dá oportunidade suficiente para que o ministro desenvolva o trabalho com tranquilidade. A principal vantagem dessa proposta é que a Corte vai arejar mais rápido, com maior velocidade”, argumentou.

Na avaliação de Guilherme Feliciano, que preside a Anamatra (Associação Nacional dos Magistrados da Justiça do Trabalho), há atualmente um certo “engessamento da jurisprudência”, e a rotatividade de ministros trará mais dinamismo.

“Isso permitirá uma oxigenação da jurisprudência e, portanto, dará mais dinâmica, para acompanhar as modificações da sociedade”, disse.

Reforma política

As entidades criticaram o fato da proposta ter saído de uma comissão que discutia a reforma política. “Não deveria ter sido incluído por se tratar de uma reforma de estado. Não era o espaço ideal para aprovar esse tema, até porque a reforma política já demanda um debate de outros problemas em torno dela”, afirmou Jayme de Oliveira, presidente da AMB (Associação dos Magistrados Brasileiros).

Oliveira explicou que a entidade planeja procurar deputados no plenário para retirar a proposta do relatório.

Relator justifica

Relator da reforma política, o deputado Vicente Cândido (PT-SP) justificou a inclusão desse tema no seu parecer por se tratar de um assunto que passa pelo Congresso Nacional. Para ele, não há interferência do Legislativo no Judiciário. (AG)

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