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Brasil Saiba o que é a telemedicina

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O tema da telemedicina foi escolhido para esta edição do FIS justamente por conta da polêmica em torno do assunto no último mês. (Foto: Reprodução)

O avanço de tecnologia na medicina tem possibilitado novas formas de relacionamento entre médico e paciente. A Telemedicina tem crescido no País em razão da má distribuição de profissionais médicos nas regiões mais distantes, e já funciona bem em alguns lugares. Saiba o que é a telemedicina.

Um meio de levar de volta os médicos às casas está no uso de aplicativos que possibilitam ao paciente escolher profissionais especialistas, que se cadastram em uma plataforma e precificam suas consultas – o chamado Uber da medicina. Tal formato já tem respaldo em resolução específica do CFM (Conselho Federal de Medicina), segundo Sandra Franco, consultora jurídica especializada em Direito Médico e da Saúde, presidente da Academia Brasileira de Direito Médico e da Saúde, em artigo no jornal Estado de S. Paulo.

Segundo a consultora, nessa seara dos atendimentos a distância, podem ser incluídos também aplicativos para que o próprio paciente monitore suas doenças, como aqueles que sofrem de diabetes ou hipertensão arterial. Há outros aplicativos que os ajudam a tomar adequadamente seus medicamentos, o que auxilia a obter um melhor resultado e a aderir aos tratamentos propostos. Tecnologia na saúde.

De acordo com Sandra, já há algum tempo, centros de excelência hospitalar, como o Albert Einstein, conseguem levar a expertise do médico a locais em que a falta de especialistas poderia trazer prejuízos indeléveis aos pacientes. É o caso do hospital na cidade de Floriano, no interior do Piauí, que atende pelo SUS e está conectado ao Albert Einstein a uma distância física de 2.500 quilômetros.

A plataforma TelessaúdeRS é um outro exemplo de telemedicina que funciona no Brasil, afirma a consultora. O projeto é voltado aos profissionais da atenção primária ou básica de saúde (médicos, enfermeiros, odontólogos, técnicos de enfermagem, técnicos e auxiliares em saúde bucal, agentes comunitários de saúde), com TeleConsultoria, Teleducação e TeleDiagnóstico.

O objetivo, explica, é qualificar o atendimento à comunidade e aumentar a resolutividade dos diagnósticos nos postos de saúde e Unidades Básicas de Saúde. E tem apresentado resultados bastante satisfatórios, com redução de 60% nas filas de espera por consulta por especialistas, segundo dados fornecidos pela UFRGS (Universidade Federal do Rio Grande do Sul).

“Para se ilustrar a importância de implantação da telemedicina na saúde pública, um dos programas do TelessaudeRS, Respiranet, possibilitou o aumento de 600 espirometrias por mês. Anteriormente, eram realizadas 200 por ano. Trata-se de um importante exame para diagnóstico de doenças respiratórias”, relata.

Sandra explica ainda que pela Resolução CFM n.º 1.643/2002, a telemedicina deveria ser utilizada como um recurso de médico para médico: daquele que assiste o paciente ao médico consultor. E ambos têm responsabilidade pelo paciente, de forma solidária e proporcional aos atos realizados. No entanto, era necessário ampliar a regulamentação para situações presentes no cotidiano e que estavam ocorrendo à margem de uma regulamentação que possibilite a criação de protocolos rígidos de segurança quer quanto a dados do paciente quer quanto ao atendimento clínico realizado.

“Fato é que a telemedicina é uma realidade há muito tempo presente em outros países. A ferramenta (em um conceito amplo) é utilizada em hospitais e planos de saúde de outros países do mundo como, por exemplo, EUA, Austrália e Inglaterra. Estudos locais apontam para resultados positivos e diminuição de custos”, diz Sandra.

A regulamentação da telemedicina no Brasil possibilita aos médicos crescer profissional e financeiramente – abrem-se oportunidades aos especialistas, que, inclusive, poderão ajudar a mais pessoas, à distância. “Nem de longe se pretende comprometer a relação médico e paciente com o uso da tecnologia, mas sim a ferramenta deve ser vista como instrumento de ampliação da assistência médica. A nova resolução traz vários aspectos que merecem atenção e precisam ser regulamentados, considerando-se especialmente a Lei Geral de Proteção de Dados (Lei n.º 13.709, de 14 de agosto de 2018)”, pondera.

O avanço da tecnologia no setor de saúde, diz Sandra, é inevitável. E a telemedicina promete novos horizontes importantes. Não é possível, afirma, ser contrário ao uso da tecnologia responsável na saúde, em especial em um País de dimensão continental, áreas de difícil acesso, realidades socioeconômicas distintas. Esse não é o momento de se insurgir em críticas e tentar conter o inevitável: uma nova medicina nasce da tecnologia.

Destarte, diz a consultora, deve-se canalizar as energias para buscar as ferramentas necessárias para instrumentalizar a resolução da maneira mais ética, juridicamente segura e favorável aos pacientes e profissionais da saúde, pois a inovação é necessária.

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https://www.osul.com.br/saiba-o-que-e-a-telemedicina/ Saiba o que é a telemedicina 2019-02-18
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