Segunda-feira, 25 de novembro de 2024
Por Redação O Sul | 26 de novembro de 2021
ESG é a abreviação de Environmental, Social and Governance, utilizada para medir as práticas ambientais, sociais e de governança de uma empresa. É um assunto que tem sido bastante abordado não apenas por veículos de comunicação, mas por empresas, influenciadores digitais e, claro, pela própria B3.
Além do aspecto econômico-financeiro, do futuro do planeta e da sociedade, o tema tem tudo a ver com investimento, pois está relacionado à expectativa de um futuro positivo, à realização de um projeto ou de uma conquista, uma vez que empresas com boas práticas de ESG correm menos riscos de sofrerem sanções por impactos ambientais.
Cada letra da sigla ESG representa um critério que as empresas utilizam para reduzir os danos ao meio ambiente. Entenda melhor o significado de cada uma delas:
— Environmental (Ambiental): refere-se em como a empresa faz o uso de seus recursos naturais, como ela contribui para as mudanças climáticas, e como usa a sua energia. De modo geral, a letra “E” resume como a companhia atua na gestão da natureza.
— Social: examina a relação da empresa com seus funcionários, fornecedores e a comunidade onde atua, abordando inclusive aspectos de inclusão e diversidade, e se há o engajamento de todos os envolvidos.
— Governance (governança): são políticas adotada pelas empresas em relação as boas práticas de governança corporativa. Em outras palavras, diz respeito à preocupação com a política de remuneração de seus executivos, e se a empresa possui transparência e respeita os códigos de conduta e ética.
Como surgiu?
Embora o tema tenha se popularizado nos últimos anos, o movimento não é tão atual como parece. A sigla ESG surgiu oficialmente em 2005, em uma conferência liderada por Kofi Annan, secretário-geral das Organização das Nações Unidas (ONU), a qual resultou em um relatório intitulado Who Cares Win, em tradução livre, “Quem se importa ganha”.
A ideia era unir as instituições de vários países para encontrar alternativas para envolver o tema no mercado financeiro. Ao todo 20 instituições financeiras de 9 países, com ativos totais sob gestão de mais de US$ 6 trilhões aceitaram o convite endossando a proposta.
O ESG é bastante comum no mercado internacional e vem ganhando cada vez mais força no Brasil já que adotar políticas de sustentabilidade traz benefício não só para as empresas, mas principalmente para o planeta. Além do aspecto econômico-financeiro, do futuro do planeta e da sociedade, o tema tem tudo a ver com investimento, pois está relacionado à expectativa de um futuro positivo, à realização de um projeto ou de uma conquista.
Empresas ESG seguem criteriosamente as políticas ambientais, sociais e de governança corporativa, já que cuidar do meio ambiente, ter responsabilidade social e adotar melhores práticas de governança corporativa torna-se uma obrigação para elas.
Por que adotar?
São 3 os principais pilares que motivam as companhias a seguirem os critérios de ESG. Confira:
1) Lucratividade: como esse tema demanda um controle financeiro bastante ajustado, adotar uma melhor eficiência do negócio traz benefício para a empresa, pois gera redução de custos operacionais e ganhos de produtividade, corroborando com o engajamento dos colaboradores, reduzindo índices de turnover e, finalmente, gerando economia.
2) Imagem da empresa: ao adotar o ESG a empresa acaba tendo maior destaque no mercado financeiro, pois gera valor perante os investidores, que preferem alocar seu capital em companhias que se preocupam com a questão ambiental e possuem a política de sustentabilidade.
3) Redução de riscos: aqui citamos o risco legal e regulatório, uma vez que as empresas que adotam o ESG reduzem drasticamente o risco com multas por danos causados ao meio ambiente, gerando mais valor para a companhia investir no próprio negócio.