O exército israelense ordenou bombardeios no Sul do Líbano neste domingo (25) após identificar planos para uma ofensiva do grupo extremista Hezbollah contra o país.
Como resposta, o grupo extremista Hezbollah lançou um ataque em larga escala contra Israel, que declarou estado de emergência.
O Hezbollah, considerado um grupo terrorista por vários países, como Estados Unidos, França e Alemanha, disse que atacou 11 estruturas israelenses. Na mira estavam o “Domo de Ferro” de Israel, além de um “alvo militar especial” que não foi especificado. Imagens divulgadas por Israel mostram o Domo de Ferro operando para repelir os ataques dos extremistas.
De acordo com o Hezbollah, mais de 300 foguetes e drones foram lançados contra Israel em resposta ao assassinato de um dos chefes do grupo em julho. Fuad Shukr, considerado o número 2 do Hezbollah, foi morto em Beirute durante um ataque israelense.
Criação
No começo dos anos 1980, uma parte dos palestinos que combatiam o governo de Israel usavam o território do Líbano como base.
Israel chegou a invadir o país vizinho nessa época.
O grupo Hezbollah surgiu no Líbano para se opor à presença de israelenses no país. Hezbollah significa “Partido de Deus” em árabe. O grupo rapidamente se tornou aliado do maior país xiita da região, o Irã.
Israel só se retirou plenamente do Líbano no ano 2000, mas o Hezbollah permaneceu.
O Hezbollah também é um partido político legítimo –eles participam das eleições parlamentares e têm seus deputados.
Além disso, o Hezbollah também controla algumas partes do território libanês. Grosso modo, considera-se que o Hezbollah é um Estado dentro de um Estado.
Irã e Hezbollah
Ao longo dos anos, o Hezbollah serviu de modelo para outros grupos apoiados pelo Irã no Oriente Médio, inclusive fornecendo ajuda e treinamento.
O Irã vem há anos apoiando grupos que atacaram Israel recentemente. Esses grupos, unidos, se denominam como Eixo da Resistência.
Além do Hamas, fazem parte do eixo o Hezbollah, os Houthis e grupos armados xiitas no Iraque e na Síria.