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Política Saiba o que é o IP dinâmico usado por Elon Musk para tirar o X do bloqueio imposto por Alexandre de Moraes

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Ministro Alexandre de Moraes deve tomar uma decisão sobre a reativação do X em breve. (Foto: Shutterstock)

O aplicativo X, antigo Twitter, voltou a funcionar para alguns usuários brasileiros na quarta-feira (18), após quase 20 dias de bloqueio determinado pelo Supremo Tribunal Federal (STF). A Associação Brasileira de Provedores de Internet e Telecomunicações (Abrint), que representa o setor, afirma que a companhia burlou a ordem judicial por meio de uma técnica que adota IPs dinâmicos.

Em comunicado, a Abrint afirmou que a manobra do X para driblar o bloqueio se deve à adoção de endereços de IP dinâmicos fornecidos pela plataforma Cloudflare, serviço de proxy reverso em nuvem que atua como intermediário entre os usuários e os servidores do X. O IP é o número único de cada máquina ou servidor na internet, como se fossem os números de casas em uma rua. O proxy permite que esse número seja “escondido”, o que dificulta o bloqueio.

Ou seja, ao adotar o Cloudfare, o X passa a ter acesso a uma rede de IPs dinâmicos que mudam constantemente, tornando o bloqueio por parte dos provedores de internet muito mais difícil já que os IPs utilizados pelo aplicativo agora são compartilhados com outros serviços legítimos, como bancos e grandes plataformas, que também utilizam o Cloudfare.

A Anatel e o STF informaram que não houve alteração na decisão judicial.

A rede social X voltou a ficar fora do ar no Brasil nessa quinta (19) depois de a Justiça ter ordenado que a plataforma deixasse de utilizar o serviço de cibersegurança que lhe permitiu evitar a sua suspensão no país, informou à AFP o sindicato dos fornecedores de Internet (Abrint). A mudança ocorre pouco depois de parte dos usuários do X relatarem que a rede social havia voltado a funcionar ao longo da última quarta.

“Pouco antes das 16h, o próprio X parou de usar o serviço Cloudflare”, então a plataforma “está bloqueada”, disse o conselheiro da Associação Brasileira de Provedores de Internet e Telecomunicações (Abrint), Basílio Rodriguez Perez.

A suspensão do X foi determinada pelo ministro Alexandre de Moraes, do STF, em 30 de agosto, após o descumprimento de ordens judiciais por parte da empresa e seu proprietário, Elon Musk. A decisão foi motivada pela recusa de Musk em bloquear contas ligadas a investigações sobre atos antidemocráticos e milícias digitais, além do fechamento do escritório do X no Brasil e a ausência de um representante legal da empresa no país.

Moraes impôs uma multa diária de R$ 50 mil para quem utilizasse qualquer subterfúgio tecnológico para acessar a rede social e notificou a Anatel para que exigisse o bloqueio da plataforma pelas operadoras de internet. O bloqueio começou a ser implementado em 31 de agosto, mas algumas operadoras menores levaram mais tempo para cumprir a determinação.

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