Sábado, 23 de novembro de 2024
Por Redação O Sul | 29 de agosto de 2023
O apresentador Fausto Silva, o Faustão, permanecia na Unidade de Terapia Intensiva (UTI), nessa terça-feira (29), mas já respirava sem a ajuda de aparelhos. De acordo com o último boletim médico, divulgado pelo Hospital Israelita Albert Einstein, em São Paulo, Faustão “conversa normalmente e apresenta boa função do coração”.
“Após transplante de coração realizado no último domingo (27/08), no Hospital Israelita Albert Einstein, Fausto Silva foi extubado hoje pela manhã e respira sem auxílio de aparelhos”, diz o boletim.
No último domingo (27), o apresentador foi submetido a um transplante de coração. O procedimento foi necessário devido ao agravamento de um quadro de insuficiência cardíaca.
Na segunda-feira (28), Faustão ainda estava intubado. De acordo com a cardiologista e intensivista Stephanie Rizk, especialista em insuficiência cardíaca, transplante cardíaco e coração artificial da Rede D’Or, Hospital Sírio-Libanês e médica da Cardio-Oncologia do InCor, esse tipo de conduta é comum nas primeiras 48 horas após a cirurgia.
Critérios
A realização de um transplante de órgão no Brasil leva em consideração diversos critérios, entre eles a gravidade do quadro clínico e a compatibilidade entre doador e receptor. A realização da cirurgia de transplante de coração do apresentador de TV Fausto Silva, de 73 anos, realizada no domingo alguns dias após ser internado e entrar na lista de espera para realizar o procedimento, gerou repercussão entre os brasileiros e questionamentos sobre a espera na lista.
A lista para transplantes é única e vale tanto para os pacientes do Sistema Único de Saúde (SUS) quanto para os da rede privada. Ela funciona com base em critérios técnicos, em que tipagem sanguínea, compatibilidade de peso e altura, compatibilidade genética e critérios de gravidade distintos para cada órgão determinam a ordem de pacientes a serem transplantados.
Pacientes em estado crítico são atendidos com prioridade, em razão de sua condição clínica. A ordem cronológica do cadastro só funciona como critério de desempate quando os critérios técnicos são semelhantes.
“A lista não é por ordem de chegada, mas por ordem de necessidade. Além disso, o receptor, que está aguardando o transplante, precisa ter características semelhantes às do doador, para o órgão funcionar de forma adequada. A lista é muito dinâmica e muda constantemente”, diz Daniela Salomão, coordenadora do Sistema Nacional de Transplantes (SNT), do Ministério da Saúde.
Segundo ela, há centros de transplantes cardíacos em vários Estados do Brasil. “Geralmente, os pacientes residem próximo aos centros transplantadores exatamente para facilitar o deslocamento no momento em que ocorre a doação”, pontua Daniela.
Ela reforça que a lista de São Paulo é uma das mais dinâmicas do País devido ao volume de entrada de pacientes e de doações. “Na última semana, somente em São Paulo, foram realizados sete transplantes de coração”, afirma a coordenadora do SNT. As informações são dos jornais O Globo e O Estado de S. Paulo.