Quinta-feira, 23 de janeiro de 2025
Por Redação O Sul | 13 de julho de 2022
Em uma pessoa com menor percentual de gordura e mais massa muscular, a ação da insulina é mais eficiente.
Foto: ReproduçãoNo Brasil há quase 20 milhões de pessoas que vivem com o diabetes. No entanto, muitas delas ainda não receberam o diagnóstico ou estão começando a desenvolver o diabetes. Uma doença que mutila, provoca cegueira, mata… se não tiver o tratamento adequado.
O que mais se ouve dizer por aí é que “não podemos exagerar no doce para não ficarmos diabéticos”. Fica a sensação de que se você comer pouco ou nenhum chocolate, bolo, pavê, você não terá diabetes.
Mas, na verdade não é bem assim. Existem muitos outros fatores que estão ligados ao surgimento desta doença. Até mesmo a genética. Mas, é importante que as pessoas saibam que há como prevenir ou evitar que ela se instale.
O diabetes pode surgir basicamente por dois motivos, o que faz ser dividido em dois grupos: tipo 1 e tipo 2. No primeiro caso, trata-se de uma resposta autoimune que resulta em pouca ou nenhuma produção de insulina. Logo, a glicose fica circulando no sangue em vez de ser metabolizada e usada como fonte de energia. Esse é o caso que não se pode evitar e que deve ser tratado com insulina, invariavelmente. Mas, claro que sempre há como melhorar a qualidade de vida e o bem-estar das pessoas que tem esse tipo de diabetes, com estilo de vida saudável.
O tipo 2 abrange 90% dos diabéticos e é desenvolvida ao longo dos anos, basicamente, uma resposta quanto ao estilo de vida. E aí que entra a história do comer doce. Acreditava-se que o pâncreas ficava “cansado” de tanto produzir insulina para os comedores de açúcar, acabava pedindo “demissão” do cargo, e, por isso, eles se tornavam diabéticos. Hoje sabe-se que é bem mais que isso.
Ponto 1: a insulina é resistente à gordura, logo, quanto mais gordura você tem, mais insulina você produz. Em uma pessoa com menor percentual de gordura e mais massa muscular, a ação da insulina é mais eficiente.
Ponto 2: os receptores sensíveis a insulina funcionam melhor com o estímulo do movimento, o que significa que a captação de glicose será maior com a mesma quantidade de insulina produzida.
Ponto 3: Dentro da célula, em seu núcleo, há um transportador chamado GLUT 4, que não é sensível à insulina, mas ao movimento físico, e toda vez que você faz atividade física, você aumenta a quantidade desse GLUT 4 na membrana, captando glicose, sem precisar de insulina para isso! Logo, você dá folga pro seu pâncreas e mesmo assim mantém os níveis de glicose no sangue dentro do normal.
Mais uma vez, a atividade física regular pode ser a melhor forma de prevenir mais uma doença terrível. E, mesmo para os insulinodependentes, o estilo de vida é fundamental.
Claro que a alimentação também tem um papel importantíssimo nessa história. Mas, não é o açúcar do açucareiro, é a glicose que está em todos os alimentos que contêm carboidrato. Até mesmo o consumo exagerado de um suco de fruta natural, por exemplo, pode provocar aumento da glicose no sangue.