Segunda-feira, 23 de dezembro de 2024
Por Redação O Sul | 18 de junho de 2023
Depois que a Google realizou o seu evento anual de desenvolvedores para apresentar as novidades que serão lançadas pela empresa em breve, foi a vez da Apple de realizar a sua conferência: o Apple Worldwide Developers Conference (WWDC). Mas um detalhe nas apresentações das novidades chamou a atenção dos entusiastas da marca e especialistas do mundo tecnológico. Já consegue imaginar o que foi?
A big tech evitou usar, em alta, as palavras do momento na indústria: inteligência artificial (IA) e chatbot. Apesar de não ter citado os termos que estão dando o que falar na comunidade tecnológica, a Apple está aproveitando a popularidade da IA para incluir a solução em seus produtos.
A questão é que fazem isso em uma abordagem mais discreta. É possível notar que a companhia não está focada em desenvolver a sua própria linguagem de conversação para robôs, como a OpenAI, criadora do ChatGPT, bem como o Google fizeram.
A estratégia da gigante da tecnologia está direcionada a funções mais invisíveis, porém úteis, como aprimorar o sistema de privacidade dos usuários, incluindo a autocorreção do iPhone. Durante entrevista concedida ao programa norte-americano Good Morning America, o CEO da Apple, Tim Cook, explicou que o intuito é integrar os produtos com a tecnologia, sem fazer com que os consumidores pensem muito sobre isso enquanto utilizam os recursos.
A multinacional é primeiramente uma empresa que fabrica hardware, diferente de outras gigantes, como Google, Microsoft e Meta, que concentram os seus esforços em softwares. O diretor de Pesquisa e Consultoria de Consumer Devices da IDC Brasil, Reinaldo Sakis, disse ao portal que organizações focadas em software ganham mais promovendo melhorias na experiência do usuário, enquanto as de hardware atuam como “habilitadores”, pois vão ser por meio desses dispositivos que a inteligência artificial irá operar.
Por essa razão, a Apple “escondeu” estar trabalhando com a tecnologia e adotou pelo termo machine learning, ou seja, aprendizado de máquina, nas apresentações. Durante a conferência, foram apresentados o Óculos Vision Pro e outras funções, como mapeamento facial, autocorreção (que ajuda na digitação de palavras) e os chips inteligentes.