Terça-feira, 29 de abril de 2025
Por Redação O Sul | 26 de março de 2016
Cada vez mais mulheres buscam um ideal estético não só para as partes do corpo que estão sempre em evidência, mas também para o que só costuma ser exibido em situações bastante privadas. O aumento da procura por cirurgias íntimas e as novas técnicas e procedimentos na área estavam entre os assuntos debatidos na última edição do Simpósio Internacional de Cirurgia Plástica.
Estética x Saúde.
De acordo com o cirurgião plástico americano Garry Alter, a maioria dos pacientes que fazem esse tipo de operação são mulheres em torno dos 70 anos, que desejam o rejuvenescimento vaginal. Mas há também questões de saúde envolvidas. “Para o sexo feminino, pode haver um grande desconforto caso elas possuam grandes e largos lábios, podendo sentir dores no ato sexual ou até mesmo durante a prática de exercícios físicos”, diz o médico. A labioplastia (ou ninfoplastia) tem como intuito diminuir o tamanho dos pequenos lábios vaginais.
Para especialistas, a correção estética, que influi na autoestima, é o ponto de partida para que as mulheres busquem esse tipo de intervenção. No entanto, o conforto também conta muito, já que as circunstâncias que levam ao aumento dos pequenos lábios, apesar de variarem a cada caso, podem começar ainda na adolescência. Jovens insatisfeitas com a aparência da vulva ou que sintam algum incômodo na região e homens com alterações genitais que precisam de reparo operatório – caso de uma condição chamada de “pênis escondido” – completam o público que se candidata à cirurgia íntima.
Pós-operatório.
O cuidado no pós-operatório deve ser redobrado. Por ser uma região muito vascularizada, cirurgiões recomendam o uso de analgésicos e antibióticos. A atenção deve ser redobrada na higienização da área, que deve ser lavada com shampoo de bebê com PH neutro, por causa de sua limpeza suave que não agride a pele.
Cirurgia ainda é pouco realizada no Brasil.
Mesmo com todos os avanços, a cirurgia íntima ainda é encarada com constrangimento pelo público, que muitas vezes chega ao consultório sem saber da existência do procedimento. Segundo Alter, como a cirurgia íntima ainda é pouco realizada no Brasil, a técnica como um todo é novidade no País. Hoje, 5.850 cirurgiões plásticos atuam em território nacional, conforme dados da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica. Deles, estima-se que apenas cerca de 45% façam esse tipo de operação.