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Por Redação O Sul | 23 de outubro de 2022
Ainda que o Brasil já tenha registrado tremores de mais de seis graus na escala Richter, as terras brasileiras são conhecidas por não sofrerem terremotos de grandes dimensões.
Não existem previsões sobre quando poderia haver uma outra situação do tipo, mas sabemos que o último registro mais relevante ocorreu no município de Coxim, no Mato Grosso do Sul, em 2009, com 4,9 graus na escala Richter.
Os terremotos são causados pela movimentação das placas tectônicas, por falhas geológicas e também pelo vulcanismo.
Como o Brasil fica localizado no centro da placa tectônica sul-americana, é difícil haver grandes terremotos. Estes normalmente são causador por um movimento convergente, isto é, no qual as placas aproximam-se e chocam-se umas contra as outras. Mas podemos sentir às vezes as consequências de terremotos com epicentro em países da América Latina, principalmente no Chile.
No Brasil, o processo de falhas geológicas é o mais comum como causa de tremores. Normalmente acontece na região Nordeste, nos estados do Ceará, Pernambuco e Rio Grande do Norte. Isso se dá porque essa região é formada por fragmentos de rochas antigas, que possuem várias falhas geológicas. A camada de solo também é pouco extensa, com três a 20 metros de profundidade.
Falhas geológicas
No território brasileiro, existem 48 falhas geológicas. Elas se formaram há milhões de anos, em um longo processo geológico, e são resultados da junção de placas, uma sobreposta a outra. É assim que se formam lacunas, rachaduras e falhas.
O maior terremoto registrado no nosso País aconteceu em 1955, no Mato Grosso do Sul, e chegou a marcar 6,6 graus de magnitude na escala Richter. Apesar de ter alta magnitude, não houve danos a pessoas ou cidades, pois aconteceu em locais pouco habitados.
É importante lembrar, porém, que terremotos de pequenas dimensões (menores que 3 graus na escala Richter) acontecem quase todas as semanas no território nacional.
Sismo (chamado de terremoto quando é de grande magnitude) é o resultado de uma súbita liberação de energia na crosta do planeta Terra, geralmente por conta do choque entre placas tectônicas, o que cria ondas sísmicas.
A sismicidade ou atividade sísmica de uma área refere-se à frequência, tipo e tamanho dos terremotos registrados ao longo de um período de tempo na região.
Na superfície da Terra, sismos manifestam-se através de tremores e, por vezes, pelo deslocamento do solo. Quando o epicentro de um grande terramoto está localizado no fundo do oceano, ele pode deslocar água o suficiente para causar um tsunami. Os terremotos também podem desencadear deslizamentos de terra e, ocasionalmente, atividade vulcânica.
Um sismo de alta intensidade também pode diminuir a rotação do planeta, como, por exemplo, o que ocorreu no Chile em 27 de fevereiro de 2010, que provocou movimento de oito centímetros no eixo de rotação terrestre. O tempo de rotação do planeta pode ter diminuído em cerca de um microssegundo.