Quinta-feira, 19 de dezembro de 2024
Por Redação O Sul | 16 de setembro de 2015
Se você está sentado em frente a um computador, dirigindo um táxi ou fazendo faxina, pare por um momento e pergunte a si mesmo: um robô poderia fazer este trabalho melhor do que eu? Provavelmente, a resposta é sim.
O debate sobre se as máquinas vão dispensar a força de trabalho humana já não está mais restrito aos filmes de ficção científica. A consultoria Boston Consulting Group prevê que, em 2025, até um quarto dos empregos seja substituído por softwares ou robôs, enquanto que um estudo da Universidade de Oxford, no Reino Unido, aponta que 35% dos atuais empregos no país correm o risco de serem automatizados nas próximas duas décadas. Confira profissões que estão sob ameaça.
Motoristas de táxi.
Motoristas de táxi ao redor do mundo vêm travando uma batalha com o aplicativo de carona paga Uber. Mas tanto o Uber quanto fabricantes de veículos e até mesmo o Google já estão buscando criar um serviço que dispense a presença do motorista. No final deste ano, módulos de táxi automatizados vão começar a operar nas ruas da cidade de Milton Keynes, na Inglaterra, oferecendo corridas pela cidade.
Operários de fábrica.
Na China, humanos estão construindo robôs que eventualmente os substituirão. A primeira fábrica apenas operada por robôs está sendo construída na cidade de Dongguan, famoso polo operário da China.
A planta, controlada pela Sehnzhen Evenwin Precision Technology, busca reduzir a força de trabalho dos atuais 1,8 mil funcionários em 90%, segundo Chen Zingui, presidente do Conselho de Administração da companhia.
Desde setembro de 2014, um total de 505 fábricas, em Dongguan, investiu o equivalente a 2,6 bilhões de reais na aquisição de robôs. O objetivo é substituir mais de 30 mil operários.
Jornalistas.
Cada vez mais companhias vêm oferecendo softwares capazes de coletar dados e transformá-los em textos minimamente compreensíveis.
Isso significa que, em um futuro próximo, as reportagens não serão mais escritas por jornalistas. Kristian Hammond, chefe-cientista da Narrative Science, uma plataforma que gera conteúdo narrativo automatizado, estima que, em 15 anos, 90% das notícias serão escritas por máquinas.
Médicos.
Robôs podem não ser os melhores acompanhantes, mas certamente são capazes de analisar dados para descobrir possíveis tratamentos para doenças. O Watson, um supercomputador da IBM, está atuando em conjunto com dezenas de hospitais nos Estados Unidos para oferecer recomendações sobre os melhores tratamentos para diversos tipos de câncer, e também está ajudando a detectar tumor de pele em estágio inicial.
Por anos, robôs também vêm ajudando médicos a realizarem cirurgias. A velocidade é um fator crucial no sucesso de tais operações e as máquinas são capazes, por exemplo, de costurar vasos sanguíneos muito mais rápido do que os humanos.
Barman.
O cruzeiro de luxo Anthem of the Seas lançou recentemente uma ideia pioneira: um bar automatizado a partir da Shakr Makr, uma máquina desenvolvida pelo MIT (Instituto de Tecnologia de Massachusetts), nos Estados Unidos, há alguns anos.
As bebidas podem ser pedidas por meio de um tablet e usuários não estão limitados ao menu que recebem à mesa – eles podem, inclusive, criar seu próprio coquetel. (AG)