Domingo, 27 de abril de 2025
Por Redação O Sul | 2 de julho de 2015
O Brasil deverá ingressar até o fim do primeiro semestre de 2016 no programa americano Global Entry, que cria uma fila rápida para entrada na imigração do país para viajantes pré-aprovados. Esta é uma grande demanda dos empresários brasileiros, que querem o benefício para facilitar os negócios.
Será montado um cronograma, conforme o comunicado conjunto dos presidentes Dilma Rousseff e Barack Obama, dos EUA, para que os dois países tomem as medidas necessárias à adesão brasileira.
Obama e Dilma acordaram ainda que vão continuar trabalhando para que “se cumpram os requisitos tanto do Programa de Dispensa de Vistos dos Estados Unidos quanto da legislação brasileira correspondente, de modo a permitir viagens sem vistos de cidadãos brasileiros e norte-americanos entre os dois países”. Mas não há horizonte para avanços concretos.
Após mais de uma hora de encontro, Dilma e Obama deram entrevista coletiva e coube à brasileira anunciar a medida: “Eu e o presidente Obama decidimos facilitar a entrada pelo programa Global Entry”.
Pelo programa, uma vez que o Brasil se adapte a todas as exigências técnicas e legais americanas, brasileiros que viajam frequentemente para os EUA poderão solicitar tratamento especial na entrada. Será necessário passar por entrevista e criteriosa checagem de segurança, além de preencher extenso formulário e pagar 100 dólares (cerca de 310 reais).
Agraciado, o viajante, ao chegar na imigração, não passa pelos agentes e faz sua entrada sozinho, em quiosques que leem o passaporte. O Global Entry não dispensa visto.
Dilma também destacou o programa de harmonização das Previdências do dois países, o que permitirá aos imigrantes brasileiros e americanos contarem o tempo de contribuição em cada um dos países na hora de solicitar a aposentadoria.
Os dois presidentes ainda ressaltaram a importância das medidas de cooperação em educação, como ensino técnico, e de facilitação de comércio entre os países e aumentar o fluxo de investimentos.
“Com o recente anúncio do Brasil em infraestrutura, companhias americanas terão mais oportunidades de competir para desenvolver rodovias, aeroportos, portos e ferrovias”, destacou Obama.
Defesa.
A cooperação na área de Defesa também foi pauta, diante do potencial para treinamento conjunto de militares e compartilhamento de informação e tecnologia. Obama agradeceu Dilma pela tramitação rápida no Congresso dos dois acordos que sedimentaram a nova relação militar entre Brasil e EUA. Na reunião fechada, o ministro da Defesa, Jaques Wagner, propôs que os países trabalhassem em um projeto binacional na área militar. Obama teria achado “ótima ideia”. (AG)