Cid Moreira, que faleceu no dia três de outubro, deixou um patrimônio avaliado em R$ 60 milhões para sua esposa, Fátima Sampaio, com quem foi casado por 23 anos. Rodrigo Moreira e Roger Naumtchyk, filhos do jornalista, não foram incluídos no testamento e a justificativa foi os processos movidos por eles contra o pai no passado.
O “Domingo Espetacular” teve acesso ao testamento do locutor, onde o Cid afirma ter excluído Rodrigo por conta do processo que foi acusado de alienação parental pelo filho. Na ação, o filho pedia uma indenização de R$ 1 milhão por danos morais devido à ausência paterna, mas perdeu o caso na Justiça.
“O filho Rodrigo distribuiu a ação, acusando o testador de forma leviana e publicamente de tê-lo tratado com absoluta indiferença, frieza, de forma monstruosa, desumana, indigna e desprezível ao longo da vida”, diz o testamento. O documento ainda afirma que esse processo provocou “profundo abalo emocional e moral, tendo o mesmo necessitado de tratamento médico específico devido às injúrias sofridas.”
Em entrevista ao programa da Record, Rodrigo afirmou que sempre tentou se aproximar do pai, que sempre negava. Ele diz que conviveu com Cid por menos de dois anos e também garantiu que irá para a Justiça para ter acesso a uma parte da herança.
Roger, outro filho de Cid, que foi adotado pelo apresentador quando tinha 25 anos também ficou de fora do testamento, que de acordo com o documento, foi por conta de acusações “mentirosas” de abuso sexual que Roger fez contra ele.
A defesa de Fátima Sampaio garante que o marido estava lúcido no momento da decisão e que tinha condições de administrar os próprios bens. O advogado da jornalista João Francisco Neto também saiu a favor da exclusão dos filhos do locutor.
“Os filhos promoveram diversas ações judiciais, primeiro contra o Cid, depois resolveram atacar a sua esposa, a Maria de Fátima, e todas essas ações foram consideradas improcedentes pelo Poder Judiciário”, disse o advogado em entrevista ao Domingo Espetacular.
Um indivíduo só pode excluir os filhos do testamento em duas ocasiões, em caso de tentativa de homicídio ou de denúncias caluniosas contra quem morreu. Os filhos de Cid irão recorrer na Justiça, que pode anular o testamento deixado pelo apresentador.