Os candidatos à Presidência da República, Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e Jair Bolsonaro (PL), vêm recebendo declarações de apoio por líderes políticos internacionais e chefes de Estado.
Bolsonaro conta com a aprovação de expoentes da ultradireita populista, alguns deles já declarados à altura do primeiro turno. Lula, por sua vez, pavimenta relações com líderes de centro e de esquerda, e tem um espectro de alianças potenciais maior que o do adversário.
O mundo assiste com apreensão ao desenrolar das eleições brasileiras. Na última semana de setembro, 51 membros do Parlamento Europeu entregaram uma carta à presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, e ao chefe da política externa do bloco, Josep Borell, pedindo que a União Europeia monitorasse o pleito e apoiasse as instituições democráticas do país.
Senadores americanos também se preveniram, e fizeram uma moção pedindo a revisão de relações entre Brasil e Estados Unidos em caso de ruptura democrática.
Veja líderes políticos que já se posicionaram e declararam apoio aos candidatos:
Com Lula
François Hollande, ex-presidente da França, e o ex-primeiro-ministro espanhol José Luis Zapatero, junto de uma série de ex-dirigentes europeus, divulgaram manifesto em apoio ao ex-presidente Lula. “Quando a democracia está em perigo, é preciso juntar os divergentes para vencer os antagônicos. É por isso que nós, ex-chefes de Estado e de Governo de diversas tendências políticas, apoiamos a candidatura do ex-presidente Lula à Presidência da República”, dizia o documento.
Pedro Sanchez, premiê da Espanha e líder do Partido Socialista Operário Espanhol, anunciou seu apoio ao petista. “No próximo 30 de outubro, o Brasil o elege seu futuro e quero enviar todo o meu apoio ao candidato Luiz Inácio Lula da Silva nesta eleição decisiva para o futuro de uma terra tão ligada à Espanha”, falou Sanchez em vídeo.
António Costa, premiê de Portugal, manifestou em vídeo nas redes sociais a sua preferência nos resultados eleitorais brasileiros. “O Brasil e o mundo precisam de Lula da Silva”, disse o português.
Alberto Fernández, presidente da Argentina, felicitou Lula em seu Twitter após o primeiro turno das eleições. O mandatário chamou Lula de “querido”. A postagem continha uma foto de Fernández num encontro com o ex-presidente brasileiro.
Gustavo Petro, presidente da Colômbia, disse torcer para a vitória de Lula. No pleito colombiano, o petista também indicou, em junho, torcer pela eleição de Petro, que ao fim derrotou o populista Rodolfo Hernández com estreita margem.
Gabriel Boric, presidente do Chile, disse em março desejar “muito sucesso a Lula”. Ele também externou seu desejo de que o ex-presidente tenha um “ótimo resultado nas eleições deste ano”. Ele afirmou, anda, pensar “totalmente diferente” de Bolsonaro.
Luís Arce, presidente da Bolívia, deu os parabéns a Lula após o primeiro turno e postou, em seu Twitter, uma imagem abraçado com o ex-presidente.
Com Bolsonaro
Viktor Orbán, primeiro-ministro da Hungria e um dos principais líderes da ultradireita populista global, declarou apoio ao candidato na primeira rodada das eleições, no início de outubro.
Donald Trump, ex-presidente dos EUA, já havia manifestado apoio a Bolsonaro no começo de setembro em uma publicação em rede social. “O presidente Jair Bolsonaro ama o Brasil acima de todas as coisas. Ele é um homem maravilhoso e tem meu apoio total e completo”, escreveu na ocasião. Donald Trump Jr., filho do ex-presidente dos EUA, também é um apoiador já conhecido.
Javier Milei, deputado da Argentina e principal expoente da direita libertária do país vizinho, manifestou suporte na véspera do primeiro turno. André Ventura, deputado de Portugal e líder do partido de ultradireita Chega, também marcou posição pouco antes do pleito.
Santiago Abascall, deputado espanhol e líder do ultradireitista Vox, falou em rebater uma suposta ameaça comunista. “[Bolsonaro]é a alternativa dos patriotas, dos que querem nações prósperas, livres e soberanas frente ao comunismo e frente ao globalismo.”
Binyamin Netanyahu, ex-premiê de Israel, publicou vídeo em apoio a Bolsonaro, que compartilhou o conteúdo em suas redes.
José Antonio Kast, que perdeu a disputa pela presidência do seu país para Gabriel Boric, foi outro direitista da América do Sul a se aliar com Bolsonaro ainda no primeiro turno.