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Por Redação O Sul | 28 de julho de 2016
Viajar de avião pode até ser, estatisticamente, mais seguro do que outros meios de transporte. Mas será que ele é mais limpo do que os outros? Esse foi o ponto de partida para um estudo realizado pelo site Travelmath, especializado em estatísticas sobre aviação. O estudo se dedicou a descobrir o local com mais bactérias em um avião.
A pesquisa concluiu – surpreendentemente – que o ponto mais sujo não é o botão de descarga da aeronave, no banheiro, mas, sim, a mesinha em frente à poltrona.
O espaço usado pelos passageiros para trabalhar ou fazer refeições contém, em média, 2.155 CFUs (sigla em inglês para unidades formadoras de colônias, que mede o número de bactérias capazes de se multiplicar) por polegada quadrada. A quantidade de bactérias representa mais de sete vezes a encontrada no segundo lugar mais sujo das cabines, a saída do ar-condicionado (em que foram detectados 285 CFUs por polegada quadrada).
Completam a lista o botão de descarga (265 CFUs) em terceiro lugar, e, finalmente, e a fivela do cinto de segurança (230 CFUs).
Segundo o site, há um motivo para a aparente contradição de um lugar de alimentação ser mais sujo do que um banheiro: enquanto os sanitários são bem higienizados entre um voo e outro, a pressão para companhias aéreas acelerarem os embarques faz com que a limpeza do restante do avião seja mais negligenciada.
Amostras.
As médias foram retiradas de 26 amostras colhidas por um microbiologista em quatro diferentes voos de duas grandes companhias, e cinco diferentes aeroportos. As companhias e terminais não foram divulgados.
Em nenhuma das amostras foram detectados coliformes fecais, um tipo de bactéria infecciosa.
O Travelmath também colheu amostras para calcular os lugares mais sujos nos aeroportos. Como nos aviões, o campeão levou larga vantagem: nos botões de bebedouros foram encontrados 1.240 CFUs; nas travas das cabines dos banheiros, 70 CFUs.