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Por Redação O Sul | 15 de fevereiro de 2022
A calvície é um problema que vai afetar metade dos homens de mais de 50 anos em algum grau, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS). A ciência, no entanto, já conhece alguns remédios que podem prevenir a queda de cabelo.
Pesquisadores do Centro Mediprobe Research e da Escola de Medicina da Universidade de Toronto, no Canadá, analisaram 23 estudos sobre a eficácia de três remédios contra a queda de cabelo: finasterida, minoxidil e dutasterida. O estudo foi publicado na revista científica Jama Dermatology.
O remédio mais eficaz acabou sendo a dutasterida. A Anvisa aprovou, em agosto de 2021, uma nova indicação do medicamento Avodart (dutasterida) para o tratamento da alopecia androgenética masculina.
A segunda colocação ficou com a finasterida. A pesquisa apontou que tomando 5 miligramas diários do medicamento foi possível ver um grande aumento da contagem total de cabelos ao longo de 48 semanas. Esse número, no entanto, conta também com cabelos mais finos e ralos.
No Brasil, a finasterida é aprovada como uso contra a calvície, mas em dose menor: 1 miligrama.
Em terceiro lugar ficou o uso do minoxidil por meio da ingestão de uma pílula contendo 5 miligramas do medicamento. A porcentagem do medicamento aprovado pela Anvisa para o combate da calvície também é menor, já que só é possível encontrar o remédio por meio de uma solução tópica de 5%.
A solução, no entanto, foi a que apresentou maior índice de cabelos maduros, ou seja, pelos mais fortes que geram o efeito de cabelo cheio.
Calvície feminina
Embora seja mais comum em homens, a calvície — chamada no meio científico de alopecia androgenética — também atinge um número considerável de mulheres.
Como o próprio nome já diz, a alopecia androgenética feminina é causada por fatores genéticos e hormonais, como explica a dermatologista Sandra Tagliolatto.
De acordo com ela, as mulheres que sofrem com o problema têm nos cabelos receptores de hormônios — o diidrotestosterona (DHT), derivado da testosterona, é o principal — que, ao longo da vida, afinam os fios e, em determinado momento, impedem que eles nasçam. “Embora seja mais comum no homem do que na mulher, a situação é muito comum nos dois gêneros”, destaca.
Nas mulheres, a falta de cabelo acontece especialmente na região frontal do couro cabeludo. “Os folículos pilosos da região de trás da cabeça não têm tantos receptores para hormônio; por isso o cabelo da frente cai mais, se você tiver essa condição genética”, afirma a especialista.
Ela acrescenta que a ausência dos fios ocorre de maneira mais difusa entre as mulheres — por isso, a falta é menos perceptível quando comparada à que ocorre nos homens. Porém, a mulher pode ter o que se chama de “padrão masculino” de perda de cabelo. Nesse caso, aparecem as famosas entradas.
A dermatologista cita outro tipo de calvície, chamada “alopecia areata”, que pode atingir homens e mulheres em qualquer faixa etária, inclusive crianças. Trata-se de uma condição autoimune, na qual o sistema imunológico destrói os fios de cabelo por inúmeras razões, entre elas o estresse e outras comorbidades.
“Nesse caso, pode haver falhas no couro cabeludo ou a perda de todo o cabelo, barba, sobrancelha. E existe até o quadro universal, quando você perde todos os pelos do corpo”, descreve.