Na manhã desse sábado (17), Silvio Santos, um dos maiores apresentadores da história da TV, morreu aos 93 anos. O apresentador estava internado em decorrência de broncopneumonia após infecção por Influenza (H1N1). O empresário estava há cerca de dois anos sem ir ao SBT. Sua última aparição aconteceu em seu aniversário, em dezembro do ano passado. A equipe do “Fofocalizando” foi até a casa do apresentador de surpresa.
“Muito grato com esse presente dos fãs. A ideia é sensacional e me dá um gás para voltar”, disse ele na ocasião. A última ida de Silvio ao SBT foi em setembro de 2022 para as gravações de seu programa. Depois, ele se afastou da televisão, mas, não chegou a anunciar oficialmente sua aposentadoria.
Último programa
O conteúdo gravado em 2022 foi ao ar em fevereiro de 2023. Na gravação, ele interage com Christina Rocha e Marcão do Povo no clássico quadro “Jogo das 3 Pistas”.
Sua própria TV
Após obter sucesso na telinha e nos negócios, o empresário planejava ter sua própria TV, o que conseguiu em 1975. Inicialmente batizada de TVS, no canal 11 do Rio, a emissora passou a se chamar Sistema Brasileiro de Televisão, ou simplesmente SBT, quando o grupo ganhou a concessão de outros quatro canais, em 1981.
Nos anos 1980, o apresentador tornou-se definitivamente parte do imaginário nacional ao consolidar algumas das principais atrações do Programa Silvio Santos, desde o “Domingo no Parque”, infantil que abria a maratona, até o horário nobre, com destaques como o “Qual é a música”, “Topa tudo por dinheiro” e “A porta da esperança”.
Mas foi o “Show de calouros” que se tornou a marca registrada das noites de domingo no país. Exibida desde 1977, a atração ganhou seu formato mais lembrado na década de 1980, com a bancada de jurados que incluiu, ao longo dos anos, nomes como a cantora Aracy de Almeida, os jornalistas Décio Piccinini, Nelson Rubens e Sônia Abrão, a bailarina Flôr, a atriz Sônia Lima, o ator Pedro de Lara e o humorista e apresentador Sérgio Mallandro.
Candidatura a prefeito
Em 1988, o apresentador propôs sua candidatura à prefeitura de São Paulo pelo Partido da Frente Liberal (PFL), mas não levou a disputa à frente. No ano seguinte, quando o País preparava-se para sua primeira eleição presidencial após 25 anos, incluindo 21 anos de ditadura e outros quatro anos do governo de José Sarney — vice que assumiu após a morte de Tancredo Neves, eleito indiretamente pelo Congresso em 1985 —, Silvio Santos decidiu lançar-se candidato pelo inexpressivo PMB (Partido Municipalista Brasileiro).
Os planos, contudo, foram frustrados quando o TSE cassou a candidatura a seis dias do primeiro turno, por entender que o PMB não havia cumprido todos os requisitos para concorrer ao pleito e que o apresentador estaria inelegível por ser dirigente de uma rede de TV, utilizando uma concessão pública. Depois, não voltou a se candidatar a nenhum cargo público.