Terça-feira, 24 de dezembro de 2024
Por Redação O Sul | 9 de setembro de 2016
Como tomava anticoncepcionais havia três anos, Isabela Kanupp, de 26 anos, estranhou um mal-estar que não passava durante um período de 2010. Justamente para ter certeza de que não estava grávida, ela decidiu fazer um teste de farmácia. E foi aí que veio a grande surpresa: positivo.
Diante de questionamentos de amigos e familiares, ela passou a acreditar que havia errado na administração da pílula. Somente após dois anos do nascimento da filha, Beatriz, é que a blogueira afirmou ter feito uma descoberta. “Fui a uma médica que, ao saber que eu tomava antibiótico com frequência, disse ter matado a charada sobre minha gravidez: ela disse que o medicamento havia cortado o efeito da pílula”, relembrou.
Para alguns especialistas, a redução de eficácia do anticoncepcional quando combinado a alguns remédios é algo certo. “A amoxicilina, por exemplo, é um medicamento que corta o efeito do anticoncepcional, quando usada junto”, afirmou a ginecologista Paola Fasano. O tema, no entanto, está longe de ser uma unanimidade entre a classe médica.
Para Carla Martins, ginecologista e integrante da Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia, não há estudos conclusivos que apontem que a amoxicilina influencie na eficácia dos contraceptivos. No entanto, segundo a médica, alguns remédios utilizados para evitar convulsões podem “cortar ”, sim, o efeito da pílula.
Outros métodos contraceptivos.
Se houver dúvidas ou receio de continuar tomando o anticoncepcional enquanto estiver fazendo uso de outro medicamento, o ideal é consultar um médico.
Em paralelo, porém, é possível optar por outras alternativas para evitar uma gravidez. Método contraceptivo mais usado, a camisinha é uma das opções. Segundo a ginecologista Paola Fasano, o preservativo pode ser considerado o ideal, já que não evita apenas a gravidez. “O anticoncepcional não evita as doenças sexuais transmissíveis. Já a camisinha também protege contra isso”, explicou.
Entre outros métodos para se prevenir da gestação estão o coito interrompido, a tabelinha, a camisinha feminina, o DIU, implantes que inibem a ovulação, o anel vaginal, a injeção de hormônios e o diafragma. Todos têm prós e contras.
Cabe ao casal conversar e procurar orientação sobre qual é o mais adequado para sua situação. “É importante ressaltar que todos esses métodos não têm 100% de eficácia, ou seja, podem falhar”, destacou a ginecologista.
Diarreia pode alterar efeito.
Segundo Paola, se a mulher vomitar, passar mal ou tiver uma diarreia até uma hora e meia após ter tomado a pílula, o efeito dela pode ser diminuído. “Não são só outros remédios, quando há essas reações, é melhor se prevenir de outras formas também”, ressaltou.