Domingo, 17 de novembro de 2024
Por Redação O Sul | 9 de novembro de 2016
Os Estados Unidos terão, a partir de janeiro, pela primeira vez desde o século 19, uma primeira-dama de origem estrangeira. Aos 46 anos, a ex-modelo Melania Trump, que vai suceder Michelle Obama, nasceu em Sevnica, na Eslovênia.
A futura primeira-dama dos EUA se mudou para o país, após estudar desenho e arquitetura, nos anos 1990, para trabalhar como modelo, e é a terceira mulher do presidente eleito, Donald Trump – que derrotou a rival democrata Hillary Clinton e vai comandar a Casa Branca pelos próximos quatro anos.
Em seu último discurso durante a campanha, Melania afirmou que “seria um privilégio poder servir a nosso país” como primeira-dama e que pretendia ser “uma defensora das mulheres e das crianças”.
Ela lembrou no discurso que, em sua infância na Eslovênia, “América era a palavra para definir a liberdade e a oportunidade” e “significava que se podia sonhar com isso”. Disse também que se orgulha de ser imigrante – ponto sensível da campanha de Trump, já que o republicano prometeu construir um muro na fronteira com o México e obrigar empresas a empregar primeiro cidadãos americanos em qualquer situação, sem exceção.
Acusação de plágio.
Melania apareceu poucas vezes na campanha, e nas raras aparições, cometeu gafes. Em julho, foi acusada de plagiar um discurso da atual primeira-dama ao defender seu marido quando ele ainda concorria à nomeação do Partido Republicano. A campanha de Trump considerou a acusação de plágio um “verdadeiro absurdo”.
A ex-modelo eslovena disse as frases polêmicas ao narrar sua infância na antiga Iugoslávia. “Desde muito jovem, meus pais me inculcaram os valores de que se trabalha duro pelo que se quer na vida, que sua palavra é sagrada e que se deve cumprir o que se promete, de que se trata as pessoas com respeito”, disse.
As palavras são muito parecidas com as de Michelle: “Barack e eu fomos educados com valores muito similares: trabalhar duro pelo que se quer na vida, que sua palavra é sagrada e que se cumprir o que se promete, que se deve tratar as pessoas com dignidade e respeito”.
Ofensa às mulheres.
Melania também se envolveu na pior crise vivida por Trump durante sua campanha presidencial, quando o jornal The Washington Post divulgou um vídeo de 2005 no qual ele aparece usando termos vulgares para se referir às mulheres.
Mesmo quando criticou o marido, chamando seus comentários sobre mulheres de inaceitáveis e ofensivos, Melania o defendeu ao pedir que o pedido de desculpas do agora presidente dos EUA fosse aceito.
“As palavras usadas por meu marido são inaceitáveis e ofensivas para mim. Elas não representam o homem que eu conheço”, afirmou Melania. “Ele tem mente e coração de um líder. Espero que as pessoas aceitem suas desculpas, como eu fiz, e que se concentrem nas questões importantes que a nação e o mundo enfrentam.”