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Saiba quem é Sergio Massa, ministro da Economia que disputa o 2º turno na eleição para presidente da Argentina

Tropa de estrategistas do peronista também conta com espanhóis, americanos, uruguaios e argentinos para derrotar o liberal. (Foto: Divulgação)

O advogado Sergio Massa, da coligação peronista União pela Pátria, é o candidato governista apoiado pelo presidente Alberto Fernández. Ele ficou em primeiro lugar na disputa para o 2° turno, com 9,6 milhões de votos, ou 36,68% do total.

Massa foi deputado e atualmente ocupa o cargo de Ministro da Economia. Em seu discurso, disse que quer fazer um governo de União, ou seja, chamar políticos de outros partidos, que não o da coligação peronista, para compor o governo.

Perfil

Sergio Massa começou a vida política em um partido conservador, a UCeDé. Na época, o peronismo (corrente política ligada ao ex-presidente Juan Domingo Perón) vivia uma fase de direita. A UCeDé era da base do governo, e Massa acabou migrando para o peronismo. Ele foi eleito deputado federal em 1999, e, pela primeira vez, ficou no Legislativo até ser nomeado para um cargo no governo federal –dessa vez, foi para o órgão responsável pelas aposentadorias na Argentina; anos mais tarde, seria o Ministério da Economia.

Massa tornou-se um aliado do presidente Nestor Kirchner e permaneceu no cargo até o governo de Cristina, quando ele tornou-se chefe de gabinete da nova presidente. No entanto os dois brigaram, e Massa tentou se afastar do kirchnerista e se apresentar como um peronismo independente –foi assim que ele se concorreu nas eleições presidenciais de 2015, quando perdeu para Maurício Macri.

Em 2019, Massa e Cristina voltaram a se aproximar. A esquerda fez uma grande aliança naquele ano: Alberto Fernández foi eleito presidente com Cristina Kirchner como vice, e Massa foi eleito deputado. Ele foi escolhido como presidente da Câmara dos Deputados até julho de 2022 –com dificuldade para conter a inflação, o governo decidiu nomear Massa como ministro da Economia. Ele ainda está no cargo, mesmo sendo, ao mesmo tempo, candidato à presidência.

Apesar de ser ligado historicamente aos Kirchner, ele é considerado um centrista. Carlos Pagni, um dos principais analistas políticos da Argentina, afirma que Massa é o que há de mais ortodoxo no atual grupo que está no governo.

Propostas 

Sergio Massa é o candidato do governo (a frente política chama-se União pela Pátria). Ele tem uma série de propostas sociais: recuperar o poder aquisitivo das famílias, passar a distribuir remédios de forma gratuita, incluir alguns direitos nas leis trabalhistas, fazer algumas alterações no ensino e criar uma política para mitigar as emissões de gases do efeito estufa e poluentes das indústrias de óleo e gás e mineradora.

Ele também diz que quer fortalecer empresas estatais.

A grande questão para Massa, no entanto, é como estabilizar a economia. Ele é o atual ministro da Economia, e a inflação chegou a 138% ao ano.

Na campanha, ele afirmou que a ideia é tentar fortalecer as exportações, que garantem ingresso de dólares. Isso permitira ao governo estabilizar a moeda argentina, o peso.

Além disso, a ideia é cortar alguns gastos. Por exemplo, ele propõe mudar os programas de assistência social por programas para aumentar o emprego formal e também uma reforma tributária para simplificar a arrecadação.

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