Quarta-feira, 08 de janeiro de 2025
Por Redação O Sul | 12 de março de 2023
Aliar dinheiro e casamento é bem complicado. No dia a dia do relacionamento, o dinheiro influencia muita a autoestima da pessoa, seja do homem ou da mulher. Sobre esse assunto, a psicanalista e escritora Regina Navarro Lins esclarece se a falta de dinheiro pode acabar com o casamento.
É fundamental saber que a questão econômica sempre está presente no relacionamento. E que também cada pessoa, homem ou mulher, tem crença própria.
Existe a crença de que o homem tem que pagar todos os custos no relacionamento. E a autoestima do homem até fica abalada quando ele não consegue ganhar mais do que a mulher, tendo de dividir as contas com ela.
É comum o homem temer a mulher autônoma, aquela que se libertou dos padrões de comportamento, que tem malícia ativa, que pede a conta e paga.
Por outro lado, há aquela mulher que tem salário maior, portanto, é a principal provedora da casa. Ela paga tudo e fica imaginando se o marido está com ela só por dinheiro.
De um jeito meio torto, inconscientemente, critica o parceiro e fala que ela sustenta tudo. Talvez, pelo fato dela não se sentir confortável nessa situação, de ter a maior renda.
Essa mulher acredita que o homem tem de ganhar mais dinheiro para não ser considerado um fracassado. E, por ele não exercer esse papel, o relacionamento fica prejudicado.
“As pessoas começam a refletir sobre essas crenças aprendidas para, então, conseguir se livrar delas para viver melhor em todas as áreas, inclusive na área financeira”, diz Regina. “O que a gente observa hoje é que as mentalidades demoram para mudar. É uma mudança é gradual”, completa.
Divórcios
Em outra frente, o número de divórcios judiciais concedidos em 1ª instância ou por escrituras extrajudiciais atingiu 386,8 mil. É uma alta de 16,8% em relação a 2020 e o maior avanço percentual (45,4%) frente ao ano anterior desde 2011. Com isso, a taxa geral de divórcios, que inclui o número de divórcios para cada mil pessoas de 20 anos ou mais, também subiu, saindo de 2,15‰ em 2020 para 2,49‰ em 2021.
A gerente da pesquisa revelou as barreiras que o IBGE vem enfrentado na coleta dessas informações. “Rotineiramente, o IBGE encontra dificuldades para obtenção dos dados de divórcios, que são contornadas com o diálogo entre as Superintendências Estaduais e a Corregedoria Geral da Justiça dos Estados. Com a informatização das Comarcas e a suspensão do atendimento presencial na pandemia, os problemas aumentaram, com o acesso aos sistemas ficando ainda mais difícil”, pontuou.
Klívia lembrou que o IBGE não coleta nome, CPF, endereço, ou nada que identifique os envolvidos no processo, apenas as informações necessárias para a produção da estatística. Mesmo assim, muitas vezes, o agente do instituto não consegue autorização para realizar a coleta.
“Com isso, comparações temporais ou a utilização de alguns recortes geográficos devem ser realizadas com cautela, considerando a possível subenumeração dos dados apresentados”, indicou.
Outro aumento significativo do percentual foi notado na proporção de divórcios com guarda compartilhada dos filhos menores, que saiu de 7,5%, em 2014, para 34,5%, em 2021. “Esse aumento está relacionado com a Lei nº 13.058, de 2014, quando essa modalidade passou a ser priorizada ainda que não haja acordo entre os pais quanto à guarda dos filhos.” As informações são do jornal Valor Econômico e da Agência Brasil.