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Mundo Saída da União Europeia, gafes e pandemia: os altos e baixos do primeiro-ministro britânico

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Decisão do parlamentar resultará em uma eleição suplementar imediata. (Foto: Divulgação/BBC)

A trajetória política do primeiro-ministro do Reino Unido e agora ex-líder do Partido Conservador, Boris Johnson, é marcada por pontos altos, como a sua vitória à frente da campanha e a concretização da saída da União Europeia, o “Brexit”. E baixos, a exemplo da própria sequência de escândalos e investigações que o levaram à renúncia.

Há um mês, o político conservador de 58 anos comemorava a vitória em uma votação de desconfiança no Parlamento, motivada pela realização de festas em gabinetes e até no jardim de sua residência oficial em plena pandemia do coronavírus.

Em regimes parlamentaristas como o britânico, a moção de desconfiança é o instrumento à disposição do Legislativo para questionar a permanência do chefe de governo no cargo.

Nesta quinta-feira (7), porém, Boris foi obrigado a renunciar do posto de líder da legenda (que atualmente indica o primeiro-ministro, por ter maioria no Parlamento) após um novo escândalo.

A queda de Johnson, que pretende continuar no cargo até a escolha de seu sucessor, foi precedida pela renúncia de dois ministros importantes: Sajid Javid (Saúde) e Rishi Sunak (Finanças). Ambos são cotados para suceder Johnson, assim como outros titulares de pastas, incluindo Nadhim Zahawi (Finanças), Ben Wallace (Defesa) e Liz Truss (Relações Exteriores).

A crise política que levou à renúncia foi desencadeada com a nomeação, pelo ex-primeiro-ministro, do parlamentar Chris Pincher, do Partido Conservador, para um cargo no governo, mesmo após ser informado de uma queixa contra Pincher sob acusação de assédio sexual.

Ascensão

O agora demissionário premiê serviu como membro do Parlamento por vários anos, foi prefeito de Londres entre 2008 e 2016 e ocupou a cadeira de secretário para Assuntos Internacionais (equivalente a ministro do Exterior) no governo da ex-primeira-ministra Theresa May.

A gestão de Boris Johnson começou em julho de 2019, quando foi eleito líder do Partido Conservador e nomeado primeiro-ministro. Ele chegou ao cargo após a renúncia da correligionária Theresa May, que não resistiu à pressão em meio a dificuldades no processo de condução do Brexit (saída do Reino Unido da União Europeia).

Durante seus três anos como primeiro-ministro, ele enfrentou momentos de muitas críticas, seja por sua gestão da pandemia de coronavírus, seja pelas controvérsias que rodearam seu governo.

No início da crise sanitária, enquanto vários países europeus rapidamente adotaram restrições para conter a primeira onda da pandemia, Johnson relutou em adotar as mesmas medidas – o Reino Unido se tornou um dos países com maiores índices de infecções e mortes por covid.

Escândalos

Uma das maiores crises de seu governo teve origem no que ficou conhecido como “Partygate”, escândalo envolvendo festas e comemorações durante o período mais restrito de lockdown na Inglaterra.

No escândalo mais recente, da nomeação de Chris Pincher, Johnson reconheceu ter sido informado sobre a queixa de assédio sexual envolvendo o parlamentar em 2019, mas disse ter cometido um “grave erro” ao não tomar medidas em relação à denúncia.

Pincher foi suspenso do Partido Conservador na semana passada após relatos de que teria apalpado dois homens em um clube. Ao renunciar a seu cargo no governo, ele disse que havia “bebido muito”.

Após o episódio, a imprensa britânica divulgou que Pincher já havia sido denunciado por assédio sexual em 2019. Mesmo assim, em fevereiro deste ano, Johnson nomeou Pincher para um cargo cuja atribuição é garantir que parlamentares do partido no poder votem conforme a orientação dos líderes.

Gafes

Johnson também passou por maus momentos devido a falas polêmicas. Em uma delas, ele se referiu a homossexuais como “bumboys” (bum, em inglês, é usado para se referir tanto às nádegas, quanto a “vagabundos”).

Em outra, ele (que é bisneto de turcos) declarou que muçulmanas usando o véu se assemelham a “caixas de correio”.  Já em 2015, durante uma viagem ao Japão, o então prefeito foi criticado pela dureza durante um jogo supostamente amistoso de rugby com crianças.

Antes de entrar para a política, Boris Johnson já era conhecido por parte do público britânico por sua atuação como jornalista, período da carreira também marcado por alguns escândalos. Logo em seu primeiro estágio na profissão, foi demitido do jornal “The Times” por inventar uma declaração de um suposto entrevistado.

 

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