Nos últimos dias nós gaúchos assistimos uma tragédia. Milhares vivenciaram. Outros ficaram desalojados, feridos, desaparecidos ou partiram.
Por outro lado, presenciamos a robusta força do nosso espírito solidário. Com certeza nunca gostaríamos de ter exercido essa face do nosso DNA.
Nesses dias também sentimos no dia-a-dia, e ainda continuamos, a falta de serviços e insumos básicos. De energia, passando por alimentos e limitações a mobilidade.
Nesse caos o abastecer de informações também foi terrivelmente afetado, seja na modalidade on ou off. Plataformas digitais saíram do ar, jornais deixaram de circular. Sem luz, sem tv.
Nessa triste realidade um meio se destacou: o rádio. Ninguém tem dúvidas que entre os diversos meios de comunicação tecnológicos, o rádio detém audiências relevantes, e se inseriu muito bem às novas tecnologias. É uma ferramenta indispensável na repercussão das mais variadas pautas de debate, na promoção cultural ou em casos de emergência social. Nessa última pauta ficou mais uma vez comprovado. Eu aprendi sobre a relevância e indispensabilidade desse meio com meu talentoso tio jornalista/radialista, Abel Gonçalves. Ele me contou de sua participação na cobertura do histórico ato da Legalidade no Palácio Piratini em 1961 e o quanto a emissora que ele trabalhava, e outras, foram importantes na reverberação do mesmo.
Aliás, ele indiretamente me influenciou e virei um apaixonado por esse veículo. A influência foi tanta que antes da propaganda trabalhei um bom tempo como radialista em várias emissoras onde aprendi muito. Entre elas, a então Universal FM – hoje Pampa -, da relevante Rede Pampa. Me apaixonei desde os tempos do rádio de pilha e até hoje via celular.
Claro que devemos reconhecer a relevante cobertura dos demais meios que, infelizmente as vezes ficam off fruto das circunstâncias.
Dito isso, você deve estar perguntado o quê o Brás e o João da Cruz tem a ver com tudo isso?
Vamos lá.
O primeiro é um santo, conhecido como o protetor contra as doenças da garganta e considerado o padroeiro dos radialistas.
O segundo é considerado patrono da rádio, já que sua pregação, através de sua voz, tinha grande alcance.
Gil Kurtz, diretor da KG Consultoria, publicitário, especialista em gestão de imagem e conflito.