Nesta sexta-feira (19), a Santa Casa de Misericórdia de Porto Alegre completa 215 anos de sua fundação. O hospital mais antigo do Rio Grande do Sul realiza mais de seis milhões de procedimentos em saúde por ano, sendo mais de 60% deste volume direcionado a usuários do Sistema Único de Saúde, conforme a legislação da filantropia. Manter-se fiel a sua missão de origem, que é proporcionar ações de saúde a pessoas de todas as classes sociais, é um dos desafios diários da Santa Casa, que precisa contar com recursos advindos do fruto do atendimento de pacientes de convênios e particulares e de atividades acessórias, para cobrir o déficit que os atendimentos ao SUS geram a cada ano. Somente no ano passado, esta conta ficou em R$ 145 milhões e, neste ano, já são mais de R$ 100 milhões de déficit. Apesar das dificuldades, no ano passado a instituição cobriu o déficit através do fruto do seu próprio trabalho.
A Santa Casa é um dos mais modernos complexos hospitalares do país, sendo referência brasileira pela qualidade e segurança de sua Medicina, pelo humanismo de sua assistência, pela excelência de seus profissionais e pela modernidade de seus processos e equipamentos. É integrada por nove hospitais: Hospital Santa Clara (geral de adultos e materno-infantil), Hospital São Francisco (cardiologia), Hospital São José (neurologia e neurocirurgia), Hospital da Criança Santo Antônio (pediatria), Pavilhão Pereira Filho (pneumologia), Hospital Santa Rita (oncologia), Hospital Dom Vicente Scherer (transplantes) – localizados no quarteirão do Centro Histórico de Porto Alegre -, Hospital Dom João Becker – em Gravataí, incorporado à Santa Casa em agosto deste ano – e Hospital de Santo Antônio da Patrulha, sob gestão da Santa Casa desde 2017.
Casa de Apoio Madre Ana, dois anos da realização de um sonho
Em maio, a Santa Casa celebrou o segundo ano de funcionamento da Casa de Apoio Madre Ana. O espaço proporciona acolhimento e convivência para pacientes da Santa Casa e seus familiares, oriundos de outras cidades e estados. Desde a sua inauguração, a casa já recebeu mais de 1.700 pessoas, sendo 60% provenientes de fora do Rio Grande do Sul. Santa Catarina e Paraíba são os estados com maior representatividade na Casa. Em sua maioria, são crianças com doenças do coração, com necessidade de transplante ou com câncer. A Casa de Apoio Madre Ana oferece, sem custos, hospedagem, cinco refeições diárias, material de higiene pessoal, roupas de cama e banho, além de acompanhamento social e conforto espiritual. O custeio para o seu funcionamento depende exclusivamente de doações de empresas e pessoas físicas. São 30 vagas disponíveis até o momento, porém, conforme o apoio da sociedade aumentar, este número poderá ser ampliado, além de promover melhorias nos espaços de convivência da Casa.