Quarta-feira, 04 de dezembro de 2024
Por Redação O Sul | 3 de dezembro de 2024
O procedimento é indicado principalmente para homens que sofrem com os sintomas da hiperplasia prostática benigna
Foto: Divulgação/Santa CasaEm um importante passo para o tratamento de hiperplasias benignas da próstata (HPB), a equipe de Radiologia Intervencionista da Santa Casa de Porto Alegre realizou, na última sexta-feira (29), a primeira embolização de próstata da instituição.
A partir de uma abordagem minimamente invasiva, o procedimento foi liderado pelo radiologista intervencionista Alex Hörbe em conjunto com o dr. Joaquim Maurício da Motta Leal Filho, de São Paulo, referência nacional no procedimento.
Utilizado para reduzir o volume da próstata por meio do bloqueio dos vasos sanguíneos que alimentam o órgão, a embolização é uma técnica inovadora para o tratamento da HPB, condição que afeta milhões de homens, especialmente acima dos 50 anos.
“Ao receber menos sangue, a próstata reduz de tamanho e consequentemente permite a desobstrução do canal da uretra, melhorando os sintomas obstrutivos urinários”, explica Hörbe, coordenador da unidade de Radiologia Intervencionista da Santa Casa.
O procedimento consiste na inserção de um cateter em uma artéria da virilha ou do pulso, guiando o profissional especialista até as artérias da próstata. Pequenas esferas são então liberadas para interromper o fluxo de sangue, promovendo a redução do tamanho da glândula e aliviando os sintomas urinários.
O procedimento é indicado principalmente para homens que sofrem com os sintomas da hiperplasia prostática benigna, como dificuldade para urinar, sensação de esvaziamento incompleto da bexiga ou até mesmo em casos de necessidade frequente de urinar, especialmente à noite.
As principais indicações são para pacientes com sintomas urinários moderados a graves, próstatas volumosas, que tenham tido efeitos colaterais significativos com medicações para HPB ou que possuam alguma contraindicação ou mesmo preferiram evitar a cirurgia tradicional.
Principais vantagens
Minimamente invasivo: sem cortes, reduzindo o tempo de internação e podendo ser realizado ambulatorialmente em alguns casos, permitindo uma recuperação rápida e retorno às atividades habituais em poucos dias.
Menos riscos de complicações: reduz as chances de efeitos colaterais como incontinência urinária ou disfunção erétil, mais comuns em outros tratamentos mais invasivos.