Domingo, 29 de dezembro de 2024
Por Redação O Sul | 9 de março de 2020
Dos 40 mil metros quadrados de área total que a unidade terá no bairro Esmeralda, 4,5 mil m2 serão de área construída.
Foto: Felipe Dalla Valle/Palácio PiratiniCom a presença do governador Eduardo Leite, foi lançada na manhã desta segunda-feira (9) a pedra fundamental do Case (Centro de Atendimento Socioeducativo) de Santa Cruz do Sul. O ato marca o início da obra, que faz parte do POD (Programa de Oportunidades e Direitos), da Secretaria de Justiça Cidadania e Direitos Humanos.
Com investimento de R$ 21.385.729 oriundos do convênio com o BID (Banco Interamericano de Desenvolvimento), o centro terá capacidade para receber 60 jovens em cumprimento de medida socioeducativa. A empresa Sial Construções Civis, que venceu a licitação, terá oito meses para executar o projeto.
A unidade de Santa Cruz do Sul será erguida depois de 16 anos sem novos centros da Fase (Fundação de Atendimento Socioeducativo). O último foi inaugurado em 2004, em Novo Hamburgo.
Dos 40 mil m2 de área total que a unidade terá no bairro Esmeralda, 4,5 mil m2 serão de área construída. O projeto prevê espaço para escola, oficinas, quadra esportiva, palco multiuso e consultórios para atendimentos de saúde. A construção também foi pensada dentro de padrões sustentáveis e vai contar com telhado verde e sistema de reaproveitamento de água da chuva.
Em seu pronunciamento, o governador disse que o enfrentamento da criminalidade passa também pelo sistema socioeducativo qualificado. “Nem só de policiamento se faz o combate à violência. Não podemos esquecer que aqueles que sucumbem ao crime depois voltarão ao convívio em sociedade, e por isso é preciso recuperá-los. Não vamos desistir desses jovens. Vamos mostrar que existe possibilidade de um futuro diferente daquele que o crime oferece, e para isso precisamos de vagas qualificadas como as que estamos abrindo aqui”, afirmou.
Secretário de Justiça, Cidadania e Direitos Humanos, Catarina Paladini destacou a eficiência do POD na recuperação dos jovens. “Nossos jovens vinculados ao programa têm 8% de reincidência. A média nacional é de 32% a 35%. Por isso vale a pena insistir na ressocialização, na recuperação através das oportunidades”, disse.
O secretário lembrou ainda que manter os jovens infratores na sua região de origem, próximos aos familiares, é outro fator que ajuda no processo. “Antes os menores desta região eram transferidos para Porto Alegre e Santa Maria, rompendo os vínculos afetivos. Isso dificultava ainda mais a recuperação”, explicou.
Além do Case de Santa Cruz do Sul, estão em andamento também as obras das unidades em Viamão e Osório, somando investimento total de R$ 65 milhões. Com os três novos centros e a ampliação do de Novo Hamburgo serão criadas 210 novas vagas.
Leite observou ainda que os centros movimentam a economia local em função das obras e da geração de empregos. Só a unidade de Santa Cruz do Sul vai gerar mais de cem empregos diretos.
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